Pelo menos 68 pessoas morreram, inclusive 10 mulheres, num incêndio durante uma rebelião de presos numa cadeia da cidade de Valência, no estado de Carabobo, na região central da Venezuela. Foi a segunda pior tragédia no sistema penal da história do país, atrás apenas de outro motim de presos com incêndio, em Sabaneta, há mais de 20 anos.
"Antes os terríveis atos acontecidos na Comando da Polícia do Estado de Carabobo, designamos quatro procuradores para esclarecer os fatos dramáticos", declarou o procurador-geral da ditadura de Nicolás Maduro, Tarek William Saab, citado pelo jornal espanhol El País.
Era de visitas íntimas. O cárcere da Polícia de Carabobo estava superlotado como todas as prisões da Venezuela, um dos países mais violentos do mundo. Com uma navalha, os réus atacaram um agente penitenciário, fazendo-o refém. Um líder da rebelião impôs condições para soltar o agente e ameaçou explodir uma granada.
Como as autoridades não cederam, os presos começaram a queimar colchões, desencadeando a tragédia. Os bombeiros de duas cidades combatem o fogo. Além dos 68 mortos, a maior parte por asfixia, há um número indeterminado de feridos, entre eles dois agentes penitenciários.
A oposição e organizações não governamentais responsabilizaram a ministra de Assuntos Penitenciários, Iris Varela, um dos quadros mais extremistas do chavismo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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