Preste, o egípcio naturalizado canadense Mohamed Fahmy e o egípcio Baher Mohamed foram presos em dezembro de 2003 no Hotel Marriott, no Cairo, quando trabalhavam para a TV Al Jazira, do Catar, especializada em jornalismo. O australiano era do escritório sediado em Nairóbi, capital do Quênia.
O Egito vivia dias de grande tensão por causa do golpe de 3 de julho de 2003 contra Mohamed Mursi, único presidente eleito democraticamente da história do Egito, no fim da chamada Primavera Árabe. Seu movimento político, a Irmandade Muçulmana, foi declarado terrorista.
Mais de 900 militantes da Irmandade, o mais antigo grupo fundamentalista muçulmano do mundo, fundado em 1928, foram mortos pelo governo militar chefiado pelo general Abdel Fattah al-Sissi, eleito presidente em 2004 para dar uma aparência de democracia.
Na prática, o Egito voltou à ditadura militar instaurada pela Revolução dos Coronéis, que derrubou a monarquia em 1952 e foi interrompida pela revolução que depôs Hosni Mubarak em 11 de fevereiro de 2011. Os repórteres estavam criticando a violência das forças de segurança.
Não há informações sobre o destino dos outros dois jornalistas condenados.
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