A economia dos Estados Unidos criou 157 mil empregos a mais do que destruiu em janeiro, estimou hoje o relatório oficial de emprego do Departamento do Trabalho. Em outra pesquisa, o índice de desemprego subiu de 7,8% para 7,9%, um sinal de que há mais gente querendo trabalhar. Cerca de 12,3 milhões de americanos procuraram emprego em janeiro. O índice de desemprego amplo permaneceu em 14,4%.
O relatório aponta uma desaceleração do mercado de trabalho no início de 2013. O produto interno bruto dos EUA registrou uma pequena queda de 0,1% ao ano no fim de 2012, descrita pela Reserva Federal (Fed), o banco central americano, como uma "pausa" na lenta recuperação da economia do país.
Em janeiro, as empresas privadas abriram 166 mil vagas nos setores de varejo (33 mil), atacado, construção (28 mil) e saúde (23 mil). A indústria contribuiu com apenas 4 mil postos de trabalho. No setor público, sob pressão dos déficits e dívidas públicas, houve queda de 9 mil empregos.
No ano passado como um todo, a maior economia do mundo teve um saldo médio de 181 mil empregos por mês. O ganho de dezembro foi elevado de 155 mil para 196 mil e o de novembro de 161 mil para 247 mil.
A taxa de desemprego ainda está bem acima dos 6,5% fixados pelo Fed como meta para a redução do índice. Até lá, o banco central dos EUA promete continuar vendendo títulos públicos para aumentar a quantidade de dinheiro em circulação.
O PIB dos EUA cresceu 2,2% em 2012, um pouco acima do 1,8% de 2011. O mercado imobiliário e o investimento das empresas estão em recuperação, mas os cortes nos gastos governamentais para reduzir o déficit público e o impacto da supertempestade Sandy pesaram negativamente.
Com o aumento da contribuição previdenciária, a expectativa é de um impacto negativo de meio ponto percentual no crescimento de 2013. A média das previsões dos economistas é de uma expansão de 2% do PIB neste ano, informa o jornal The Washington Post.
Apesar do aumento da taxa de desemprego, as bolsas de valores de Nova York estão em alta.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário