Diante do impasse na guerra civil da Síria, onde mais de 70 mil foram mortas nos últimos dois anos, o governo dos Estados Unidos volta a examinar a possibilidade de armar os rebeldes que lutam contra a ditadura de Bachar Assad, noticia o jornal The New York Times.
Pela mesma razão, o Conselho de Ministros do Exterior da União Europeia decidiu ontem em Bruxelas reforçar as sanções contra o regime sírio e não armar os rebeldes, informa a agência Reuters.
Há três meses, o presidente Barack Obama vetou a ajuda, defendida por seus assessores, por temor de que as armas caiam em mãos de extremistas muçulmanos ligados à rede terrorista Al Caeda, que lideram os ataques em várias regiões do país.
O apoio oficial americano aos rebeldes se limitou a US$ 365 milhões em "ajuda não letal". Isso deixou a Casa Branca sem estratégia para enfrentar um conflito capaz de conflagrar todo o Oriente Médio.
Com a deterioração cada vez maior da Síria, a Casa Branca voltou a examinar o assunto. Apesar das tentativas de negociação, Assad não mostra a menor intenção de deixar o poder. Os rebeldes, acreditando na vitória, rejeitam qualquer acordo com o governo.
Enquanto isso, "a Síria está num processo de desintegração e não de transição", adverte o pesquisador Paul Salem, diretor do Centro de Oriente Médio da Fundação Carnagie para a Paz Mundial, com sede em Beirute no Líbano.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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