Quase mil pessoas foram feridas pela queda de meteoritos em Cheliabinsk, na região dos Montes Urais, que separam a parte europeia da parte asiática da Rússia, a cerca de 1,5 mil quilômetros de Moscou. O Ministério do Interior declarou que 1,2 mil pessoas procuraram tratamento médico; 44 foram hospitalizadas, duas em estado grave.
A maioria dos ferimentos foi causada por estilhaços de 100 mil metros quadrados de vidros de janelas quebradas pelas ondas de choque emitidas pelos impactos. Como a temperatura pode cair para até 20 graus negativos durante a noite no rigoroso inverno russo, o governador regional pediu ajuda a quem puder ajudar a reparar as janelas
O meteoro de dez toneladas e cerca de 12 metros de diâmetro entrou na atmosfera da terra a uma velocidade de 54 mil quilômetros horários e se fragmentou a uma altitude de 30 a 50 km, liberando uma energia equivalente a dezenas de toneladas de dinamite, como uma bomba atômica, estimou a Academia de Ciências da Rússia.
"Houve pânico. Ninguém tinha ideia do que estava acontecendo", disse Sergei Hametov, morador de Cheliabinsk. "Vimos uma grande explosão luminosa, saímos à rua e logo ouvimos o estrondo realmente muito alto".
Outro corpo celeste, um asteroide de 45 metros de diâmetro batizado provisoriamente como 2012-DA 14, passou hoje relativamente perto da Terra, a 27,7 mil quilômetros, a uma velocidade de 7,8 km/seg. Foi a menor distância de um asteroide para a Terra medida até hoje, inferior à que estão os satélites de telecomunicações que orbitam ao redor do planeta, cerca de 35 mil quilômetros.
No momento, nenhum país desenvolveu tecnologia para destruir asteroides e meteoros antes que eles atinjam a Terra. A maioria se dissolve no ar ao entrar em atrito com a atmosfera do planeta. Os que passam podem causar grandes estragos.
Veja mais detalhes e as imagens do fenômeno na Rússia no jornal digital americano The Huffington Post.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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