terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

EUA justificam assassinato de americanos no exterior

O assassinato de cidadãos americanos no exterior é legal se eles liderarem a rede terrorista Al Caeda e representarem um perigo iminente para os Estados Unidos, justifica um memorando do Departamento de Justiça revelado ontem pela rede de televisão NBC.

A explicação é uma resposta às dúvidas suscitadas pela morte de Anwar al-Awlaki, um americano convertido em líder da Al Caeda na Península Arábica. Ele foi eliminado no Iêmen por um bombardeio com aeronaves não tripuladas, os drones, em setembro de 2011, depois de treinar um jovem radical nigeriano que tentou explodir um avião que chegava a Detroit no Natal de 2009.

No primeiro governo Barack Obama, os EUA mataram mais de 3 mil pessoas com ataques de drones controlados à distância, uma maneira de fazer a guerra sem colocar vidas americanas em risco. Além de Al-Awlaki, outros três americanos foram mortos por drones no Iêmen, inclusive um filho dele de 16 anos.

O documento de 16 páginas foi preparado em 2011, antes da morte de Al-Awlaki.

A definição de "perigo iminente" é bastante ampla, observa o jornal The Washington Post. Não são necessárias informações precisas sobre uma conspiração, sob o argumento de que a rede terrorista está continuamente planejando ataques contra os EUA e seus aliados.

Para a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), é um documento "profundamente perturbador" que "amplia surpreendentemente o alcance da autoridade do Executivo - o alegado poder de declarar que americanos são uma ameaça e de matá-los longe de um lugar reconhecido como campo de batalha e sem qualquer envolvimento judicial antes ou depois do ato".

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