Um "terremoto artificial" no Nordeste da Coreia do Norte detectado pela Coreia do Sul pouco antes do meio-dia desta terça-feira pela hora localestá sendo atribuído a um teste de armas atômicas. Seria o terceiro do regime comunista de Pionguiangue, que mantém uma ditadura stalinista rígida, mas começa uma tímida abertura econômica.
Em outubro de 2006 e maio de 2009, a República Popular Democrática da Coreia, nome oficial do país, o que implica uma reivindicação de soberania sobre toda a Península da Coreia, realizou explosões nucleares. Isso não significa que seja capaz de fazer uma bomba, colocá-la num míssil e fazê-la explodir no alvo. Mas a ditadura de Kim Jong Un está no caminho.
Desde o fim da União Soviética, em 1991, a Coreia do Norte perdeu seu grande patrocinador. O regime comunista, baseado numa suposta autossuficiência, quase entrou em colapso. Com a escassez de alimentos, pelo menos 2 milhões de pessoas morreram de fome.
A ditadura norte-coreana começou então uma chantagem nuclear com os Estados Unidos e seus aliados mais próximos, a Coreia do Sul e o Japão. Exige ajuda em energia e alimentos para enfrentar a crise, mas repetidamente rompe os acordos e volta a desenvolver seu programa nuclear.
Para se afirmar no poder, o novo líder Kim Jong Un, que substitui o falecido pai há pouco mais de um ano, testa mísseis de longo alcance e bombas atômicas. O equilíbrio estratégico no Leste de Ásia ainda não mudou. Mas a Coreia do Norte vai aumentando o nível de suas provocações.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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