Os generosos bônus em dinheiro que as empresas financeiras pagam aos diretores e a outros altos funcionários como prêmio de fim de ano serão limitados dentro da União Europeia a duas vezes o valor do salário. Também estarão sujeitos a novas regras para garantir a transparência destes pagamentos.
A decisão mais firme para controlar a remuneração dos chefões do setor financeiro desde a crise internacional de 2008 é resultado de uma negociação entre o Parlamento Europeu e os países-membros da UE. Abre caminho para a implantação das novas regras para o setor financeiro aprovadas no 3º Acordo da Basileia, ou Basileia III, referência à cidade suíça onde fica o Banco de Compensações Internacionais (BIS), o chamado banco central dos bancos centrais.
Os bônus serão limitados ao valor do salário, podendo chegar ao dobro com o consentimento expresso dos acionistas da empresa.
Para contornar as novas regras, os bancos e outras instituições financeiras terão de dar remuneração extra em ações e bônus (títulos em papel) da empresa, que estão ligados a seu sucesso no futuro, observa o jornal inglês Financial Times.
As novas regras também vão exigir que as instituições financeiras aumentem suas reservas de capital para se defender em futuras crises. Veja o documento da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) com a orientação do Banco Central aos bancos brasileiros.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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