O Japão não saiu da recessão no fim de 2012, registrando uma queda de 0,1% no produto interno bruto no quarto trimestre em relação ao terceiro e de 0,4% na comparação anual. A expectativa média de 32 economistas ouvidos pela agência Bloomberg era de um crescimento de 0,4%.
Para combater a estagnação e a deflação, o primeiro-ministro Shinzo Abe, do Partido Liberal-Democrata pressionou o Banco do Japão a elevar a meta de inflação para 2% ao ano e a aumentar a quantidade de dinheiro em circulação. Desde que o conservador Partido Liberal-Democrata voltou ao poder em novembro, a moeda japonesa, o iene, perdeu 16% do valor.
Em uma reunião do Grupo dos Vinte (19 países mais ricos do mundo e a União Europeia) que começa amanhã em Moscou, o governo japonês será pressionado por causa dessa desvalorização, denunciada em ocasiões similares anteriores pelo ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, como "guerra cambial".
Essas políticas de expansão monetária, aumento da quantidade de dinheiro em circulação, adotadas pelos Estados Unidos e o Reino Unido, são acusadas de funcionar na prática como desvalorizações para aumentar a competitividade das exportações, tornando-as mais baratas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário