A grande novidade que o ditador Raúl Castro prometeu anunciar ontem, ao tomar posse para um segundo mandato de cinco anos de presidente de Cuba eleito indiretamente pela Assembleia Nacional, é a promessa de deixar o cargo em 2018.
Em seu discurso, ele citou o comandante Fidel Castro, a quem substitui desde 2006: "Revolução é sentir o momento histórico e mudar tudo o que tiver de ser mudado. É igualdade e liberdade. É se emancipar com seu próprio esforço. É desafiar forças poderosas dentro e fora do contexto social e nacional. É lutar pelo nosso sonho de justiça para Cuba e para o mundo, os fundamentos do nosso patriotismo, o socialismo e o internacionalismo".
Esta "maravilhosa definição", nas palavras de Raúl, "deve servir de guia para as novas gerações de patriotas e revolucionários cubanos".
Sem anunciar nenhuma novidade sobre abertura ou reforma política, a Assembleia Nacional elegeu Miguel Díaz Canel, de 52 anos, para o cargo de 1º vice-presidente. Engenheiro elétrico com a reputação de falar claro e de resolver problemas, é o primeiro membro da geração que nasceu depois da revolução, em 1959, a ocupar o cargo.
Isso o coloca como primeiro na linha sucessória do regime comunista cubano.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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