quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Economia dos EUA não encolheu no fim de 2012

A economia dos Estados Unidos ficou praticamente estagnada nos três últimos meses de 2012. Mas, em vez do pequeno recuo de 0,1% ao ano anunciado inicialmente, a segunda estimativa do produto interno bruto, divulgada hoje, registrou alta de 0,1% ao ano. Os economistas ouvidos pelo jornal The Wall St. Journal esperavam crescimento de 0,5% ao ano.

Foi o menor avanço desde o primeiro trimestre de 2011. Com a revisão, a maior economia do mundo acumula 14 trimestres consecutivos de expansão desde que saiu da Grande Recessão no segundo semestre de 2009.

O crescimento de 2012 ficou nos mesmos 2,2% da estimativa anterior. A forte desaceleração dos 3,1% ao ano do terceiro trimestre do ano passado para 0,1% ao ano no quarto trimestre foi atribuída a uma queda de 14,8% nos gastos do governo federal, pressionado pelo déficit público trilionário. O orçamento militar sofreu o maior corte em 40 anos.

A inflação do ano passado foi de 1,5%, dentro da meta de 1% a 2% perseguida informalmente pela Reserva Federal, o banco central dos EUA.

Para 2013, a expectativa é que mais reduções nas despesas governamentais continuem travando o crescimento econômico.

A queda no número de novos pedidos de seguro-desemprego em 22 mil para 344 mil, na semana passada, indica a continuação da lenta recuperação do mercado de trabalho. Totais abaixo de 400 mil sinalizam fortalecimento. O índice de desemprego de janeiro foi de 7,9%

As atenções se voltam para o mundo político. O Congresso e a Casa Branca têm até amanhã para fazer ajustes no orçamento para conter o déficit. Caso contrário, entram em vigor cortes automáticos nos gastos públicos no valor de US$ 85 bilhões.

Ontem, além de uma forte alta de 28,9% na venda de imóveis residenciais novos em janeiro, foi anunciado que as encomendas de máquinas para a indústria cresceram 6,3% em janeiro.

O ambiente de negócios também foi favorecido pela facilidade com que a Itália levantou ontem 6,5 bilhões de euros vendendo títulos de cinco e dez anos de prazo. Apesar de pagar juros mais elevados por causa das eleições parlamentares que levaram a um impasse político no país, os 4,83% ao ano pagos nos bônus de dez anos não alarmaram o mercado financeiro.

Hoje, o primeiro-ministro Shinzo Abe enviou ao Parlamento suas indicações para dirigir o Banco do Japão, peça-chave de sua estratégia para combater a deflação e a estagnação crônicas da terceira maior economia do mundo (leia abaixo).

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