terça-feira, 31 de agosto de 2021

Brasil ultrapassa 580 mil mortes na pandemia

 Apesar da queda consistente no contágio e nas mortes nas últimas semanas, o Brasil notificou mais 882 mortes e 26.759 diagnósticos positivos da doença do coronavírus de 2019 (covid-19). O total de casos confirmados está em 20.777.867, com 580.525 vidas perdidas. 

A mortes estão em alta no Rio de Janeiro, na Bahia, em Sergipe e no Distrito Federal. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou estável em 671, com queda de 17% em duas semanas. A média diária de casos novos dos últimos sete dias baixou 22% em duas semanas para 23.226, a menor desde 11 de novembro.

No mundo, o contágio e as mortes permaneceram estáveis na semana passada, anunciou a Organização Mundial da Saúde (OMS). Foram pouco menos de 4,4 milhões de casos novos e pouco mais de 67 mil mortes registradas por covid-19.

Houve declínio do contágio na América e na África, estabilidade na Europa, no Oriente Médio e no Sudeste Asiático, e alta de 7% no Oeste do Pacífico, que inclui o Leste da Ásia e a Oceania. As mortes aumentaram 16% no Oeste do Pacífico e 9% no Oriente Médio, e caíram 20% no Sudeste Asiático.

O total de casos confirmados no mundo chegou a 217.724.906, com 4.519.387 mortes. Mais de 195 milhões de pacientes se recuperaram, a maioria dos hospitalizados com sequelas de longo prazo, e 106.271 estão em estado grave.

Nos Estados Unidos, que voltaram a ser o centro da pandemia, mais 171.437 casos e 1.360 mortes por covid-19 foram notificados nesta terça-feira. O país soma o maior número de casos confirmados (39.198.268) e de mortes (640.108).

A média diária de casos novos dos últimos sete dias nos EUA subiu 14% em duas semanas para 160.041. A média diária de mortes dos últimos sete dias cresceu 93% em duas semanas para 1.346.

Mais de 5,29 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Cerca de 39,5% da população mundial tomaram ao menos uma dose de vacina, mas só 1,7% nos países pobres.

A China aplicou 2,07 bilhões de doses, seguida pela Índia, que aplicou um recorde nacional de 13,3 milhões de doses num dia, chegando a um total de 654,1 milhões. Nos EUA, 205 milhões tomaram a primeira dose e 174,1 milhões (52,52% da população brasileira) completaram a vacinação.

O Brasil aplicou a primeira dose em 131,3 milhões e 62,58 milhões (29,34%) estão plenamente vacinados. Meu comentário:

Hoje na História do Mundo: 31 de Agosto

JACK, O ESTRIPADOR

    Em 1888, os restos mortais mutilados da prostituta Mary Ann Nichols, a primeira vítima do assassino em série chamado de Jack, o Estripador, são encontrados no bairro de Whitechapel, em Londres.

Mais quatro vítimas são mortas nos meses seguintes. Na Inglaterra vitoriana do fim do século 19, período áureo do Império Britânico, a região do East End, em Londres, é um favelão com cerca de um milhão de miseráveis onde a prostituição é um meio de sobrevivência para mais de mil mulheres de Whitechapel.

A polícia britânica, a Scotland Yard, descobre o método do assassino. Ele promete pagar por sexo e atrai as prostitutas para praças ou ruas escuras, onde cortava a garganta com uma faca de 15 centímetros. Em seguida, usa a mesma faca para estripá-las. Mas nenhum suspeito foi preso e muito menos punido.

EDISON PATENTEIA CINEMATÓGRAFO

    Em 1897, o americano Thomas Alva Edison, um dos maiores inventores de todos os tempos, com mais de 2 mil patentes, registra sua câmera de cinema, o cinematógrafo, usando o filme de rolo, inventado em 1893 por George Eastman.

LEI DE NEUTRALIDADE NOS EUA

    Em 1935, diante da ascensão do nazifascismo na Europa, o presidente Franklin Delano Roosevelt sanciona a Lei da Neutralidade "para evitar qualquer ação que possa envolver [os Estados Unidos] na guerra.

É uma reação ao anúncio da Alemanha Nazista, em março daquele ano, de que não respeitaria mais o Tratado de Versalhes, assinado em 1919, depois da Primeira Guerra Mundial (1914-18).

Com o início da Segunda Guerra Mundial (1939-45), em 14 de agosto de 1940, Roosevelt assina a Carta do Atlântico com o primeiro-ministro do Reino Unido, Winston Churchill, começando a forjar a aliança que derrotaria Adolf Hitler.

Os EUA entram na guerra em 7 de dezembro de 1941, com o ataque do Japão à base naval de Pearl Harbor, no Havaí.

GREVE NA POLÔNIA

    Em 1980, o regime comunista da Polônia cede diante da greve dos 17 mil metalúrgicos do estaleiro de Gdansk, liderada por Lech Walesa. A vitória dos trabalhadores leva à formação do Solidariedade, o primeiro sindicato livre num país do Bloco Soviético.

Sob pressão da União Soviética, as conquistas são revogadas por um golpe dado pelo general Wojciech Jaruzelski em 13 de dezembro (dia do AI-5) de 1981. Walesa ganha o Prêmio Nobel da Paz em 1983.

O movimento oposicionista ganha força com a ascensão do líder reformista Mikhail Gorbachev ao cargo de secretário-geral do Partido Comunista da URSS, com suas políticas de abertura política (glasnost) e econômica (perestroika).

Em 4 e 18 de junho de 1989, a Polônia realiza as primeiras eleições democráticas no Bloco Soviético, que levam à queda do regime. Walesa é eleito presidente em 1990 e fica no cargo até 1995.

MORTE DA PRINCESA

    Em 1997, a princesa Diana morre num acidente de automóvel em Paris quando o motorista e segurança Henry Paul, totalmente embriagado, perde o controle o carro em alta velocidade ao fugir de paparazzi, fotógrafos que tentavam tirar fotos dela. O motorista e o namorado da princesa e dono do Mercedes, o playboy egípcio Dodi al-Fayed, também morrem.

A morte provoca grande consternação no Reino Unido, especialmente por causa da falta de reação da rainha Elizbeth II, que estava no Castelo de Balmoral, na Escócia, onde a família real britânica passa as férias de verão.

Sob pressão do primeiro-ministro Tony Blair e do príncipe Charles, ex-marido de Diana, cinco dias depois a rainha volta a Londres com o príncipe Philip e cumprimenta a multidão que ficava até 12 horas na fila para assinar o livro de condolências e depositar flores diante do Palácio de Buckingham, a residência real em Londres.

Famoso por suas gafes, Philip pergunta: "Vocês estão aqui há muito tempo?"

Como Diana era divorciada de Charles, oficialmente não pertenceria mais à família real e não teria direito a um funeral com honras de Estado na Abadia de Westminster. Mas era a "princesa do povo", como definiu o assessor de imprensa de Blair, Alastair Campbell. O clamor popular garantiu todas as honrarias.

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Média de mortes de covid no Brasil é a menor desde 30 de dezembro

 Com mais 313 mortes e 12.543 diagnósticos positivos diagnosticados nesta segunda-feira, o Brasil chegou a 20.751.108 casos confirmados e 579.643 mortes. A morte está em alta no Rio de Janeiro, em Sergipe e no Distrito Federal.

A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 19% em duas semanas para 671. É a menor desde 30 de dezembro. A média diária de casos novos baixou 18% para 23.975. É a menor desde 11 de novembro. 

No mundo, já são 217.129.451 casos confirmados e 4.510.224 mortes. Mais de 194,5 milhões de pacientes se recuperaram, a maioria dos hospitalizados com sequelas de longo prazo, cerca de 18 milhões enfrentam casos leves ou médios e 113.685 estão em estado grave.

Os Estados Unidos registraram 260.673 casos novos e 2.114, números um pouco inflados pelo atraso no relato durante o fim de semana. O país soma o maior número de casos (39.057.459) e de mortes (638.711) no mundo na pandemia. 

Com o avanço da variante delta, dominante no país, a média diária de novas infecções dos últimos sete dias subiu 12% em duas semanas para 158.946, enquanto a média diária de mortes dos últimos sete dias cresceu 91% em duas semanas para 1.348.

A Índia notificou mais 30.941 casos novos e 380 mortes nesta segunda-feira. O país tem o segundo maior número de casos confirmados (32.767.829) e o terceiro de mortes (438.592).

Mais de 5,25 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo; 39,3% da população mundial receberam ao menos uma dose, mas só 1,6% nos países pobres.

A China aplicou 2,05 bilhões de doses. A Índia aplicou mais 5,96 milhões de doses em 24 horas e um total de 640,5 milhões, e a União Europeia 528,6 milhões. Nos EUA, 204,7 milhões de pessoas receberam a primeira dose e 173,8 milhões (52,43% da população americana) completaram a vacinação.

O Brasil deu a primeira dose a 130 milhões de pessoas e 61,17 milhões (28,67% da população brasileira) estão plenamente vacinados. Meu comentário:

Hoje na História do Mundo: 30 de Agosto

WASHINGTON REJEITA RECONCILIAÇÃO

    Em 1776, o comandante do Exército Continental, George Washington, recusa uma segunda proposta de reconciliação com o Império Britânico enviada através de carta do general William Howe.

Howe desembarca em Long Island com uma força superior à dos rebeldes americanos e conquista uma grande vitória na Batalha de Brooklyn Heights, em 27 de agosto. Entre outras razões, Washington rejeita a proposta porque a carta não o chamava de general. 

As negociações são retomadas em 11 de setembro por Benjamin Franklin e John Adams. São rompidas quando os britânicos se negam a aceitar a independência dos EUA. Os rebeldes tomam Nova York em 15 de setembro e mantêm o controle sobre a cidade até o fim da Guerra da Independência (1775-83). 

LENIN BALEADO

    Em 1918, durante um comício numa fábrica em Moscou, Fanya Kaplan, do Partido Social Revolucionário, atira duas vezes no líder comunista Vladimir Illitch Ulianov (Lenin), que é ferido gravemente, mas sobrevive.

A tentativa de assassinato deflagra uma onda de retaliações dos bolcheviques contra os sociais-revolucionários e outros partidos, aprofundando a guerra civil que acontece depois das revoluções de 1917.

PRIMEIRO JUIZ NEGRO NA SUPREMA CORTE

    Em 1967, Thurgood Marshall é confirmado como o primeiro juiz negro do supremo tribunal dos Estados Unidos. Ele fica na Suprema Corte durante 24 anos até se aposentar por motivos de saúde e deixa um legado de luta pelos direitos individuais.

HO CHI MINH RESPONDE A NIXON

    Em 1969, chega a Paris, onde se realizam as negociações de paz sobre a Guerra do Vietnã (1955-75), uma carta do líder comunista Ho Chi Minh ao presidente Richard Nixon acusando os Estados Unidos de travar uma "guerra de agressão" contra o Vietnã do Norte "violando nossos direitos nacionais".  

Ho alerta que "quanto mais longa for a guerra maiores serão o ônus e os pesares da guerra para o povo americano" e defende o plano de paz de 10 pontos da Frente de Libertação Nacional. Ele exige o "fim da guerra de agressão e a retirada das forças americanas.

Com o acordo paz, assinado em 27 de janeiro de 1973, os EUA retiram suas tropas de combate da guerra, que termina em 30 de abril de 1975 com uma fuga espetacular dos americanos da embaixada em Saigon, hoje Cidade de Ho Chi Minh, quando os tanques norte-vietnamitas tomavam a capital do Vietnã do Sul para reunificar o país. 

domingo, 29 de agosto de 2021

Brasil tem menor número de mortes desde 13 de dezembro

 O Brasil registrou neste domingo o menor número de mortes (278) pela doença do coronavírus de 2019 (covid-19) desde 13 de dezembro, mas a variante delta preocupa os infectologistas. Os casos novos foram 11.855. 

A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 19% em duas semanas para 679. A média diária de diagnósticos positivos dos últimos sete dias baixou 15% em duas semanas para 24.390.

No mundo, o total de casos confirmados chegou a 216.413.894, com 4.501.051 mortes. Cerca de 194 milhões de pacientes se recuperaram, a maioria dos hospitalizados com sequelas de longo prazo, 17,8 milhões enfrentam casos suaves ou médios e 113.529 estão em estado grave. 

Neste domingo, os Estados Unidos relataram mais 39.733 casos e 722 mortes por covid-19. O país tem o maior número de casos confirmados (38.796.873) e de mortes (637.531). 

A média diária de casos novos dos últimos sete dias subiu 20% em duas semanas para 156.886, enquanto a média diária de mortes dos últimos sete dias cresceu 96% para 1.296.

A Índia notificou mais 42.909 casos novos e 380 mortes. O país tem o segundo maior número de casos confirmados (32.737.569) e o terceiro de mortes (438.387).

No Reino Unido, o número de infecções hoje é 26 vezes maior do que um ano atrás e os epidemiologistas preveem que a situação piore com a reabertura das escolas.

A Austrália registrou mais 1.323 diagnósticos positivos num dia.

Nesta segunda-feira, o passe sanitário começa a ser exigido na França para quem trabalha em locais de atendimento ao público, como bares, restaurantes, cinemas, teatros, museus, parques de diversões, jardins zoológicos, feiras, alguns centros comerciais e trens de longa distância.

Mais de 5,21 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo; 39,6% da população mundial tomaram ao menos uma dose, mas só 1,6% nos países pobres.

A China aplicou 2,04 bilhões de doses, seguida pela Índia (634,38 milhões) e a União Europeia (526,5 milhões). Nos EUA, 204,4 milhões receberam ao menos uma dose e 173,5 milhões (52,34% da população americana). 

O Brasil aplicou a primeira dose em 129,1 milhões de pessoas e 60,36 milhões (28,3% da população brasileira) completaram a vacinação. 

Hoje na História do Mundo: 29 de Agosto

 FIM DO IMPÉRIO INCA

    Em 1533, o conquistador espanhol do Peru, Francisco Pizarro, executa o 13º e último imperador inca, Ataualpa, marco do fim de 300 anos da maior civilização pré-colombiana da América do Sul, que construiu um império com 14 milhões de súditos no seu auge, que ia do Sul da Colômbia ao Norte do Chile.

Os incas constroem sua civilização, o Império Inca ou Tahuantinsuyo, seu nome na língua quêchua, no altiplano da Cordilheira dos Andes, inicialmente no Peru. Não tem escrita, mas criam um governo sofisticado, com método estatístico, grandes obras públicas, construções monumentais que até hoje a engenharia não explica como moveram pedras de toneladas e um sistema agrícola brilhante.

Cinco anos antes de chegada dos conquistadores, uma disputa pela sucessão causou uma guerra civil ruinosa. Em 1532, Ataualpa vence o irmão Huascar numa batalha perto de Cusco, a capital do império. Está consolidando o poder quando Pizarro chega com 180 homens.

Filho da aristocracia espanhola, Pizarro trabalha como criador de porcos quando jovem. Em 1502, se torna um soldado e vai para Hispaniola, a ilha hoje dividida entre Haiti e República Dominicana onde Cristóvão Colombo começa a colonização da América em 1492.

Ele serve ao conquistador Alejandro de Ojeda na expedição à Colômbia, em 1510, e a Vasco Núnez Balboa quando este descobre o Oceano Pacífico, no Panamá, em 1513. 

Ao saber da grande riqueza do Império Inca, Pizarro se une a Diego de Almagro. Em 1524, eles saem do atual Panamá, mas só vão até onde hoje é o Equador. Na segunda expedição, entram no que hoje é território peruano, batizam a terra de Peru e a reivindicam para a coroa espanhola.

De volta ao Panamá, Pizarro planeja conquistar o Peru, mas não tem o apoio do governo colonial espanhol na América. Depois da conquista do México por Hernán Cortez, em 1521, Pizarro vai à Espanha em 1528 e consegue apoio do imperador Carlos V, que sonhava em criar uma monarquia universal.

Em 15 de dezembro de 1532, o pequeno exército de Pizarro, com 180 soldados, chega a Cajamarca, onde Ataualpa relaxa em águas termais antes de marchar rumo a Cusco, a capital do irmão. O conquistador convida o imperador para uma festa.

Com um exército de 30 mil anos, logo depois de vencer a maior batalha da história inca, Ataualpa não teme os homens de Pizarro. É alvo de uma emboscada.

Ataualpa vai ao local do encontro com um séquito de milhares de homens aparentemente desarmados. Pizarro envia um padre como emissário e intima Ataualpa a aceitar a soberania do imperador Carlos V e do cristianismo. 

Quando o imperador inca rejeita e joga a Bíblia no chão, Pizarro ordena o ataque com arcabuzes, canhões e cavalaria, armas que os incas desconhecem. Milhares de incas são massacrados e Ataualpa é preso.

Mesmo pagando o maior resgate da história, Ataualpa é processado pela morte do irmão, por conspirar contra a coroa espanhola e outros delitos menores. Amarrado a um poste, tem a última escolha: ser queimado vivo ou se converter ao cristianismo e morrer pelo garrote vil. Na esperança de preservar seu corpo para mumificação, escolhe o garrote.

BOMBA NUCLEAR SOVIÉTICA

    Em 1949, a União Soviética explode sua primeira bomba atômica, chamada de Primeiro Raio, num remoto campo de testes em Semipalatinisk, no Casaquistão, acabando com o monópolio dos Estados Unidos em armas nucleares.

Para avaliar o impacto da bomba, os cientistas soviéticos constroem edifícios, pontes e outras estruturas urbanas. Também colocam mamíferos perto do local da explosão para ver o efeito da radiação. 

A bomba tem a força de 20 quilotons (20 mil toneladas de dinamite), mas ou menos a mesma potência da Trinity (Trindade), a primeira bomba detonada experimentalmente pelos EUA em Alamogordo, no Novo México, em 16 de julho de 1945.

FURACÃO KATRINA ARRASA

    Em 2005, o furacão de Katrina, de categoria 5 sobre o Oceano Atlântico e 3 ao chegar em terra, arrasa uma região do Sul dos Estados Unidos, especialmente a cidade de Nova Orleans, que é alagada em 80% de sua área, causando a morte de 1.836 pessoas, principalmente nos estados da Louisiana e do Mississípi, e prejuízos de mais de US$ 125 bilhões. 

Outras 135 pessoas estão desaparecidas até agora. Mesmo sendo apenas o terceiro furacão mais forte da temporada, é o terceiro pior da história dos EUA. Com a enchente, Nova Orleans vira uma terra sem lei. Gangues invadem casas abandonadas para roubar e atacam moradores que ficaram na cidade.

Diante da omissão do governo George W. Bush com uma população flagelada majoritariamente negra, o jovem senador Barack Obama se destaca na linha de frente da ajuda às vítimas.

sábado, 28 de agosto de 2021

Brasil se aproxima das 580 mil mortes

 Com mais 656 mortes 23.155 diagnósticos positivos notificados neste sábado, o Brasil chegou a 20.726.800 casos confirmados e 579.052 mortes pela doença do coronavírus de 2019 (covid-19) sob a ameaça de uma nova onda de contaminação pela variante delta. 

A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 20% em duas semanas para 687. A média diária de casos novos dos últimos sete dias recuou 13% em duas semanas para 24.722. O Rio de Janeiro, o Acre e Sergipe apresentam tendência de alta nas mortes.

No mundo, já são 215.879.398 casos confirmados e 4.472.740 mortes. Mais de 193,5 milhões de pacientes se recuperaram, a maioria dos hospitalizados com sequelas, e 113.154 estão em estado grave.

Os Estados Unidos registraram mais 100.953 casos e 722 mortes neste sábado. Têm mais casos confirmados (38.755.381) e mais mortes (637.241) do que qualquer outro país e enfrentem uma onda de contaminação pela variante delta.

Mais de 5,18 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Um terço (33,2%) da população mundial tomou ao menos uma dose, mas só 1,6% nos países pobres, de acordo com Our World in Data, da Universidade de Oxford.

O Brasil aplicou a primeira dose em 128,67 milhões de pessoas e 60,1 milhões (28,17% da população brasileira) completaram a vacinação. Meu balanço semanal da pandemia:

Hoje na História do Mundo: 28 de Agosto

 REI ZULU CAPTURADO

    Em 1879, o Império Britânico captura o rei Cetshwayo, último grande líder da Zululândia, no fim da Guerra Britânico-Zulu. Cetshwayo é exilado.

Os britânicos tomam em 1843 a província de Natal dos bôeres, os descendentes dos colonos holandeses que povoaram o que hoje é a África do Sul a partir da fundação da Cidade do Cabo por Jan van Riebeeck, em 1652.

Cetshwayo desafiou o domínio colonial. Em 1879, os britânicos invadiram a Zululândia e sofreram grandes perdas na Batalha de Isandlwana, quando tiveram 1,3 mil baixas, e na Batalha do Monte Hoblane. São as únicas vitórias militares de um exército armado com lanças e escudos contra um exército moderno com armas de fogo.

Na Batalha de Khambula, em 29 de março, o império vence. Capurado, Cetshwayo vai para o exílio. Volta em 1883 e retoma o controle de parte da Zululândia, mas sua liderança está abalada pela derrota. Cai de novo, volta para o exílio e morre no ano seguinte.

Diante da revolta zulu, em 1887, o Império Britânico anexa a Zululândia, que em 1897 passa a fazer parte da província de Natal, que em 1910 forma a União Sul-Africana.

MASSACRE DE JUDEUS NA UCRÂNIA

    Em 1941, dois meses depois da invasão da União Soviética, a Alemanha Nazista mata mais de 23 mil judeus na Ucrânia.

Por incrível que pareça, os alemães são recebidos como libertadores pelos ucranianos que lutavam contra a ditadura de Josef Stalin na URSS. Ao coletivizar a agricultura, Stalin impõe um regime de terror que levou ao Holomodor, uma fome sem precedentes na história da Ucrânia, o celeiro da URSS, em que morrem 3,5 milhões em 1932 e 1933.

A Alemanha de Hitler invade a URSS em 22 de junho de 1941. No início de julho, os nazistas começaram a prender e enviar para campos de concentração ativistas que tentavam organizar um governo provisório para uma Ucrânia independente.

O verdadeiro terror é contra os judeus. Dezenas de milhares de judeus fugidos da Hungria no início da guerra são detidos. Os nazistas tentam deportá-los para a Hungria, que os rejeita. O general Franz Jaeckeln, das SS, a milícia do Partido Nazista, decide, então, pela "completa liquidação destes judeus até 1º de setembro".

As SS levam mais de 23 mil judeus até crateras abertas por bombas em Kamanets Podolsk e os fuzila a tiros de metralhadora. Quem sobrevive é enterrado vivo.

"EU TENHO UM SONHO"

    Em 1963, no fim da Marcha sobre Washington, o reverendo Martin Luther King Jr., líder da luta pelos civis dos negros nos Estados Unidos, faz no Memorial de Lincoln, diante de 250 mil pessoas, seu discurso mais importante, Eu Tenho um Sonho: "Eu tenho um sonho que um dia meus quatro filhos vão viver num país onde não serão julgados pela cor da sua pele, mas pelo seu caráter."

Os manifestantes se reúnem na luta por liberdade e oportunidades iguais de trabalho para a minoria de origem africana. Nos degraus do monumento em homenagem a Abraham Lincoln, o presidente que abolira a escravatura, o Dr. King afirma em linguagem direta: "O negro ainda não é livre."

FIM DE UM SONHO

    Em 1996, quatro anos depois da separação, os príncipes de Gales, Charles e Diana, se divorciam oficialmente, pondo fim ao que no primeiro momento parecia um conto de fadas, com o herdeiro da coroa do Reino Unido casando com uma linda princesa na Catedral de São Paulo, em Londres, em 29 de julho de 1981.

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Fiocruz e cientista advertem para risco da variante delta

 Mais 791 mortes e 28.302 diagnósticos positivos da doença do coronavírus de 2019 (covid-19), elevando o total de casos confirmados para 20.703.645 e o de vidas perdidas para 578.396. 

A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 21% em duas semanas para 677, a menor desde 30 de dezembro. E a média diária de casos novos baixou 12% em duas semanas para 25.088, a menor desde 12 de novembro.

Mas a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o médico brasileiro Miguel Nicolelis advertem que a variante delta avança pelo Brasil com a ajuda da flexibilização das medidas de distanciamento, pode causar um novo pico de contágio e hospitalizações em setembro, e ameaça levar a um colapso do sistema de saúde.

No mundo, já são 215.821.827 casos confirmados e 4.491.624 mortes. Mais de 193 milhões de pacientes se recuperaram, muitos com sequelas de longo prazo, cerca de 17,7 milhões enfrentam casos leves ou médios e 112.790 estão em estado grave.

Os Estados Unidos registraram mais 192.720 casos e 2.201 mortes. Têm o maior número de casos confirmados (38.741.964) e de mortes (637.138). A média diária de casos novos dos últimos sete dias subiu 21% em duas semanas para 155.365. A média diária de mortes cresceu 95% em duas semanas para 1.266.

A Índia notificou mais 46.759 casos, o maior número num dia em quase dois meses, e 509 mortes. O país tem o segundo maior número de casos confirmados (32.649.947) e o terceiro em mortes (437.370).

Mais de 5,13 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Mais de um terço da população mundial tomou ao menos uma dose, mas só 1,6% nos países pobres, e mais de um quarto completou a vacinação.

A China aplicou 2,01 bilhões de doses, seguida pela Índia (625,9 milhões) e a União Europeia. Os EUA deram a primeira dose a 203,5 milhões de pessoas e 172,6 milhões (52% da população americana) completaram a vacinação. No Brasil, 128,1 milhões tomaram a primeira dose e 59,57 milhões (27,9%) estão plenamente vacinados. Meu balanço semanal da pandemia:

Hoje na História do Mundo: 27 de Agosto

 VULCÃO KRAKATOA EXPLODE

    Em 1887, na maior erupção vulcânica da história, uma explosão na ilha de Krakatoa na Indonésia ouvida a 5 mil quilômetros de distância, joga lama e lava a uma altura de 80 km, causa um terremoto com ondas gigantes de 37 metros e mata cerca de 36 mil pessoas.

Depois de mais de 200 anos adormecido, o vulcão Krakatoa dá os primeiros sinais de atividade em 20 de maio. Tripulantes de um navio alemão relatam ter visto uma coluna de fumaça e poeira vulcânica de mais de 11 km de altura.

Nos dois meses seguintes, navios e habitantes das ilhas vizinhas de Java e Sumatra veem pequenas explosões. A população local festeja até uma explosão destrói dois terços da ilha no dia 26. Ao desabar no Estreito de Sunda, que fica entre Java e Sumatra, a montanha causa uma série de catástrofes ambientais sentidas durante anos no mundo inteiro, a começar por um maremoto com ondas gigantescas.

Quatro erupções a partir das 5h30 de 27 de agosto são cataclísmicas, ouvidas a 5 mil km de distância, e projetam uma maré de uma lava vulcânica de gás, cinza e rocha fundida a mais de 60 km do Krakatoa. Dos 36 mil mortos, as tsunames mataram 31 mil. Outros 4,5 mil foram vítimas da lava vulânica.

Uma nuvem de cinza e poeira vulcânica fina envolve o planeta e reduz a temperatura da Terra durante anos.

Além do Krakatoa, ativo até hoje, a Indonésia tem mais 130 vulcões em atividade, mais do que qualquer outro país.

LANÇADO O LIVRO DOS RECORDES

    Em 1955, sai a primeira edição do Guinness - o Livro dos Recordes, uma publicação anual com feitos da humanidade e do mundo animal.

A ideia nasce em 1951, quando Sir Hugh Beaver, diretor-executivo da Cervejaria Guinness, fundada em 1759 em Dublin, na Irlanda, participa de uma caçada. Depois de não conseguir alvejar uma tarambola dourada, eles quis saber quais eram os pássaros de caça mais rápidos da Europa, mas não encontrou nenhum livro com a resposta.

Pensando que os donos dos pubs britânicos e irlandeses gostariam de ter um livro capaz de dirimir as dúvidas dos clientes, Beaver contratou dois irmãos donos de uma agência que vendia dados estatísticos para jornais e agência de propaganda, Norris e Ross McWhirter.

A proposta inicial é distribuir o livro de graça nos pubs para promover a cerveja Guinness. Diante do sucesso, passa a ser vendido. A primeira edição americana sai em 1956.

Ross trabalha no livro até ser morto pelo Exército Republicano Irlandês, em 1975. Norris continua sendo editor até 1986.

IRA MATA LORDE MOUNTBATTEN

    Em 1979, na luta armada para acabar com o domínio britânico sobre a Irlanda do Norte, o Exército Republicano Irlandês (IRA) mata o lorde Louis Mountbatten, herói de guerra, último vice-rei da Índia e primo segundo da rainha Elizabeth II, com a explosão de uma bomba de pouco mais de 20 quilos.

Mountbatten passa o dia com a família na Baía de Donegal, na Irlanda, quando é atacado. Outras três pessoas morrem na explosão, inclusive um neto dele de 14 anos, Nicholas. No mesmo dia, outro atentado do IRA mata 18 paraquedistas britânicos.

A violência destes ataques leva a primeira-ministra Margaret Thatcher, eleita pela primeira vez em maio de 1979, a endurecer a política em relação ao IRA, radicalizando ainda mais o conflito na Irlanda do Norte. 

Em 1981, depois de 66 dias de greve, morre na prisão de Maze o deputado eleito para o Parlamento Britânico Bobby Sands, que nunca tomou posse porque o Sinn Féin, partido político do IRA, sempre de negou a jurar lealdade à coroa britânica.

A própria Thatcher é alvo de um atentado em 1984 num hotel em em Brighton, na Inglaterra, durante a Convenção Anual do Partido Conservador, em que morrem cinco pessoas, inclusive um deputado da Câmara dos Comuns.

A partir daí, o deputado John Hume, do Partido Trabalhista e Social-Democrata, o braço do Partido Trabalhista britânico na Irlanda do Norte, começa negociações secretas para tentar atrair o Sinn Féin para negociação. 

Em 1985, o Reino Unido e a Irlanda assinam o Acordo Anglo-Irlandês para encaminhar o fim do conflito. A Declaração de Downing Street, em 1993, estabelece as bases para as negociações, que exigem um cessar-fogo do IRA, anunciado em 6 de abril de 1994.

Diante da estagnação das negociações, o IRA rompe a trégua num atentado na Ilha dos Cães, em Londres, em 9 de fevereiro de 1996. Um novo cessar-fogo, em 1997, permite a retomada das negociações para o Acordo da Sexta-Feira Santa, de abril de 1998, que acaba com quase 30 anos de uma guerra civil em que 3,5 mil pessoas morreram.

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Brasil tem a menor média de mortes do ano

 O Brasil registrou nesta quinta-feira 875 mortes e 30.270 diagnósticos positivos da doença do coronavírus de 2019 (covid-19). Soma agora 20.675.343 casos confirmados e 577.605 mortes. A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 20% em duas semanas para 696. É a menor do ano. A média diária de casos novos dos últimos sete dias baixou 13% para 25.904. É a menor em nove meses. O Rio de Janeiro vai tornar a vacina obrigatória para ir a locais de uso coletivo.

No mundo, são 214.718.823 casos confirmados e 4.476.525 mortes até agora. Mais de 192,5 milhões de pacientes se recuperaram, muitos com sequelas de longo prazo, cerca de 17,5 milhões  enfrentam casos suaves ou médios e 112.690 estão em estado grave.

O contágio e as mortes mantêm a tendência de alta nos Estados Unidos. Nesta quinta-feira, foram registrados mais 184.274 casos e 2.266 mortes, novo pico da onda de contaminação pela variante delta. O país soma os maiores maiores números absolutos de casos confirmados (38.387.116) e de mortes (633.591).

Mais de 100 mil pessoas estão hospitalizadas nos EUA, o que não acontecia desde 30 de janeiro. A média diária de casos novos dos últimos sete dias subiu 24% em duas semanas para 150.296. A média diária de mortes dos últimos sete dias cresceu 100% em duas semanas para 1.233.

A Índia registrou mais 44.658 casos novos e 496 mortes. O país tem o segundo maior número de casos confirmados (32.603.188) e o terceiro de mortes (436.889), atrás de EUA e Brasil.

Mais de 5,08 bilhões de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Um terço da população mundial (33%) receberam ao menos uma dose, mas só 1,4% nos países pobres, e um quarto (25%) completou a vacinação.

A China aplicou 2 bilhões de doses de vacinas. A Índia aplicou mais 7,95 milhões de doses em 24 horas, num total de 612,2 milhões de doses até agora. O governo indiano anunciou que 472,9 milhões de pessoas, metade da população adulta, tomaram a primeira dose. 

A União Europeia aplicou mais de 520 milhões de doses; 56% dos cidadãos comunitários estão plenamente vacinados. Nos EUA, 203 milhões tomaram a primeira dose e 172,2 milhões (52% da população americana) completaram a vacinação.

O Brasil deu a primeira dose a mais de 127,1 milhões de pessoas e mais de 58,6 milhões (27,5% da população brasileira) completaram a vacinação, num total de pouco mais de 185,7 milhões de doses. Meu comentário:

Hoje na História do Mundo: 26 de Agosto

 VOTO FEMININO

    Em 1920, a Emenda nº 19 é incorporada à Constituição dos Estados Unidos dando o direito de voto às mulheres depois de 70 anos de luta do movimento dos sufragistas.

O texto é simples e direto: "O direito de voto dos cidadãos dos Estados Unidos não será negado ou cercado em nenhum Estado em razão do sexo. O Congresso terá competência para, mediante legislação adequada, executar este artigo."  

Estado Islâmico ataca aeroporto de Cabul e mata 13 militares dos EUA

 O atentado terrorista anunciado ontem pelos serviços secretos dos Estados Unidos e do Reino Unido se concretizou hoje. Um terrorista suicida se detonou na área do aeroporto de Cabul, a capital do Afeganistão, matando cerca de 170 civis afegãos 13 fuzileiros navais americanos. 

Outros 15 militares dos EUA foram feridos. O Estado Islâmico da Província do Coração (Khorasan) reivindicou a autoria do atentado, mais uma desmoralização para a desastrada retirada dos EUA.

Em entrevista neste momento, o presidente Joe Biden declarou se sentir "ultrajado", com o "coração partido", e prometeu "não perdoar nem esquecer. Vamos caçar vocês e fazê-los pagar" pelos crimes cometidos. É um líder fragilizado, com a política externa que pretende defender a democracia e os direitos humanos duramente abalada.

O erro fundamental da retirada foi abandonar antes da hora a base aérea de Bagram, que poderia ser usada como alternativa ao aeroporto de Cabul, criticou o senador republicano Lindsay Graham. Os EUA simplesmente abandonaram a base durante a noite e foram embora. Não avisaram o governo afegão e nem mesmo os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

A ação terrorista viola várias cláusulas do acordo de paz firmado em fevereiro de 2020 pelo governo Donald Trump e o Emirado Islâmico do Afeganistão, que os EUA dizem não reconhecer em todas as cláusulas.

Pelo acordo, a Milicía dos Talebã (Estudantes) se comprometeu a não atacar a retirada as forças internacionais que bombardearam e invadiram o Afeganistão a partir de 7 de outubro de 2001 em resposta aos atentados de 11 de setembro, realizado pela rede terrorista Al Caeda, que tinha bases no país. Também prometeu não deixar o território afegão ser usado como base para ataques a americanos e aliados.

O próprio nome Estado Islâmico da Província do Coração implica uma reivindicação sobre o Grande Coração, uma região que inclui parte do Nordeste do Irã, que tem províncias com este nome, a maior parte do Norte do Afeganistão e o Sul do Turcomenistão, do Tajiquistão e do Usbequistão. Existe desde 2015, depois que o Estado Islâmico proclamou, em 2014, a fundação de um califado nas terras que ocupava no Iraque e na Síria. Não pretende se limitar ao território afegão, cujas fronteiras não reconhece.

O acordo previa uma redução das hostilidades, não um cessar-fogo definitivo. Deveria ser complementado por um acordo de paz entre os Talebã e o governo-fantoche instalado pelos EUA, mas este governo nunca foi reconhecido pela maioria do povo afegão. Na última eleição presidencial, em 2020, votaram 1,8 milhões de eleitores num país de 39 milhões de habitantes. 

A pseudodemocracia imposta pela guerra, em aliança dos EUA com senhores da guerra notoriamente corruptos como o ex-vice-presidente Rachid Dostum, não melhorou a vida do povo afegão no interior do país, onde vivem 75% da população. O povo não está preocupado com o regime político, mas com as condições de vida.

As milícias extremistas muçulmanas sabiam que os EUA e aliados iriam sair. Assim, seria apenas uma questão de tempo até os Talebã retomarem o poder. E a história recente mostra que o acontece no Afeganistão não fica no Afeganistão.

Dias atrás, o presidente Joe Biden ameaçou retaliar se os americanos fossem atacados durante a caótica retirada vista desde que os talebã entraram na capital afegã, em 15 de agosto. O problema é que a multidão que tenta desesperadamente sair do país através do aeroporto de Cabul é extremamente vulnerável a retaliações, o que amarra as mãos dos americanos. É praticamente impossível barrar um terrorista suicida no meio da multidão. Seria necessário montar várias barreiras de segurança a caminho do aeroporto.

Depois de 43 anos de guerra, desde que oficiais ligados ao Partido Comunista deram um golpe em 27 e 28 de abril de 1978, o Afeganistão precisa de paz a estabilidade para reconstruir o país miserável, extremamente dependente do exterior. Cerca de 43% do orçamento nacional vêm de ajuda internacional.

Com a Embaixada Americana em Cabul fechada, a China e a Rússia entram no vácuo de poder deixado pela retirada dos EUA. A Índia perde porque os Talebã são aliados do arqui-inimigo Paquistão, que pode usar os jihadistas afegãos na luta contra o domínio indiano sobre a Caxemira. A China reconheceu tacitamente o governo dos talebã ao receber no Grande Salão do Povo, em Beijim, o líder político da milícia, Abdul Ghani Baradar.

A China usa sua diplomacia econômica para conquistar apoio, especialmente de países em desenvolvimento, com o megaprojeto Um Cinturão Uma Rota, a Nova Reta da Seda, com orçamento de US$ 4 a 8 trilhões (R$ 21 a 42 trilhões), entre outras iniciativas. Pode investir centenas de milhões ou até bilhões de dólares na reconstrução do país em busca da estabilidade e negociar concessões para explorar os vastos recursos minerais do Afeganistão. 

Tanto a China quanto a Rússia, e também a Índia, têm problemas com revoltas muçulmanas, a Rússia no Sul do Cáucaso, nas repúblicas da Chechênia, da Inguchétia e do Daguestão. 

A China mantém cerca de 1 milhão de muçulmanos em centros de reeducação comparados a campos de concentração na província de Xinjiang. 

Na Índia, o primeiro-ministro fundamentalista hindu Narendra Modi acabou com a autonomia da Caxemira, em 5 de agosto de 2019, e impôs uma administração direta que governa sob estado de emergência

Há usbeques e uigures lutando ao lado dos talebã no Afeganistão. É provável que grupos jihadistas tentem usar o Afeganistão para lançar ataques contra a China. Os Talebã têm várias facções. Muitas são contra fazer concessões.

Quanto aos EUA, a superpotência derrotada e humilhada, se a Guerra contra o Terror que começou em 11 de setembro de 2001 com os ataques a Nova York e ao Pentágono termina assim, com o caos e a morte de fuzileiros navais americanos em Cabul, elevando o total de militares dos EUA mortos no Afeganistão para 2.460, sofreram uma derrota dupla. 

Tudo indica que a guerra não acabou. A vitória dos talebã dá nova vida aos grupos jihadistas no mundo inteiro. E o Estado Islâmico entende que os talebã não são suficientemente radicais. Afinal, negociaram com os EUA.

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Brasil registra mais 901 mortes por covid-19

 Com mais 901 mortes e 30.047 diagnósticos positivos notificados nesta quarta-feira, o Brasil chegou a 20.645.055 casos confirmados e 576.730 vidas perdidas. 

A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 19% em duas semanas para 718, a menor desde 4 de janeiro. Só estado de Sergipe apresenta tendência de alta nas mortes. 

A média diária de casos novos dos últimos sete dias recuou 15% em duas semanas para 26.691. É a menor em nove meses.

No mundo, já são 213.920.273 casos confirmados e 4.463.914 mortes. Cerca de 192 milhões de pacientes se recuperaram, muitos com problemas de longo prazo, 17,28 milhões enfrentam casos leves ou médios e 113.014 estão em estado grave.

Com a onda de contaminação pela variante delta, os Estados Unidos registraram mais 176.426 casos e 1.302 mortes. O país tem o maior número absoluto de casos confirmados (38.223.219) e de mortes (632.272) na pandemia.

A média diária de casos novos dos últimos sete dias nos EUA subiu 23% em duas semanas para 152.341. A média diária de mortes dos últimos sete dias cresceu 111% em duas semanas para 1.165.

Mais de 5,04 bilhões de vacinas foram aplicadas até agora no mundo; 32,9% da população mundial tomaram ao menos uma dose, mas só 1,4% nos países pobres, e 24,8% completaram a vacinação.

A China aplicou 1,99 bilhão de doses, seguida pela Índia e a União Europeia. Nos EUA, 202,5 milhões tomaram a primeira dose e 171,8 milhões (51,8% da população americana) completaram a vacinação, num total de 374,3 milhões de doses aplicadas.

O Brasil aplicou a primeira dose em 126,54 milhões de pessoas e 57,687 milhões (27,08% da população brasileira) estão plenamente vacinados, num total de mais de 184 milhões de doses aplicadas. 

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a aplicação de uma terceira dose, a partir da segunda quinzena de setembro, a “todos os indivíduos imunossuprimidos após 28 dias da segunda dose e para as pessoas acima de 70 anos vacinados há 6 meses”.  Meu comentário:

Hoje na História do Mundo: 25 de Agosto

CONCÍLIO DE NICEIA

    Em 325, o Concílio de Niceia, a primeira reunião de cúpula da Igreja Católica para discutir os princípios da fé, termina com o estabelecimento da doutrina da Santíssima Trindade (pai, filho e espírito santo).

O concílio, convocado em maio pelo imperador Constantino, que tornou o cristianismo a religião oficial do Império Romano, declara ser heresia colocar Jesus Cristo como uma figura menor do que Deus.

Arius, um sacerdote de Alexandria, no Egito, questiona a divindade de Cristo porque ele nasceu. Sua história tem um começo, enquanto Deus é eterno. O debate teológico sai da academia e se espalha por todas as congregações da Igreja.

Constantino, então convoca bispos de todo o império para resolver o problema. O imperador preside à cerimônia de abertura do concílio, realizado na Niceia, hoje parte da Turquia.

terça-feira, 24 de agosto de 2021

Contágio no Brasil é o menor desde novembro

 O Brasil registrou nesta terça-feira mais 885 mortes e 31.722 diagnósticos positivos da doença do coronavírus de 2019. Soma agora 20.615.008 casos confirmados e 575.829 vidas perdidas na pandemia. 

A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 19% em duas semanas para 730. É a menor desde 6 de janeiro. A média diária de casos novos dos últimos sete dias recuou 11% em duas semanas para 28.258. É a menor desde 14 de novembro.

Só o estado de Sergipe apresenta alta de mortes, mas o Brasil teve o segundo maior número absoluto de mortes no mundo nas últimas quatro semanas (23.907), atrás apenas da Indonésia (41.417).

No mundo, o total de casos confirmados chegou a 213.301.298, com 4.454.812 mortes. Mais de 191 milhões de pacientes se recuperaram, muitos com sequelas de longo prazo, cerca de 17,64 milhões enfrentam casos leves ou médios e 112.924 estão em estado grave.

Em meio a uma onda de contaminação pela variante delta, uma nova pandemia de não vacinados, os Estados Unidos notificaram mais 160.648 casos e 1.318 mortes de covid-19 nesta terça-feira. Têm o maior número de casos confirmados (38.077.523) e de mortes (630.838) na pandemia.

A média diária de casos novos subiu 28% em duas semanas para 151.411. A média diária de mortes cresceu 84% em duas semanas para 1.116.

A Índia registrou mais 37.593 casos novos e 648 mortes. Tem o segundo maior número de casos confirmados (32.511.370) e o terceiro maior de mortes (435.788).

Mais de 5 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo; 32,7% da população mundial (2,544 bilhões) tomaram ao menos uma dose, mas apenas 1,4% nos países pobres, e 24,6% completaram a vacinação.

A China aplicou 1,97 bilhão de doses de vacinas, seguida pela Índia, com mais 6,19 milhões aplicadas em 24 horas, num total de 595,5 milhões de doses, e a União Europeia, com 517,5 milhões. Nos EUA, 202 milhões tomaram a primeira dose e 171,4 milhões (51,7% da população americana) completaram a vacinação, num total de 393,4 milhões de doses. 

O Brasil aplicou a primeira dose em 125,34 milhões e 56,8 milhões (26,7% da população brasileira) completaram a vacinação, um total de mais de 182 milhões de doses.

Percentualmente, os países que mais vacinaram foram os Emirados Árabes Unidos (74%), o Uruguai (71%), o Chile (69%), a Espanha (67%), Israel (63%) e o Bahrein (63%). Meu comentário:

Hoje na História do Mundo: 24 de Agosto

 ERUPÇÃO DO VESÚVIO

    No ano 79 da era cristã, o vulcão Vesúvio entra em erupção no que hoje é o Sul da Itália e arrasa as cidades de Herculano e Pompeia, matando milhares de pessoas

As duas cidades são cobertas por uma grossa camada de lava e poeira vulcânica e não são reconstruídas. Ficam praticamente esquecida até serem redescobertas no século 18.

SUICÍDIO DE VARGAS

    Em 1954, o presidente Getúlio Dornelles Vargas se mata com um tiro no peito no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, sob forte pressão da oposição e dos militares desde o atentado da Rua Tonelero contra o deputado Carlos Lacerda, líder da oposição, em 5 de agosto, quando morre o major-aviador Rubens Vaz.

Na carta-testamento, Vargas acusa forças ocultas de bloquear o desenvolvimento do Brasil. O suicídio adiou por dez anos o golpe militar, que viria em 31 de março de 1964.

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Brasil se aproxima de 575 mil mortes na pandemia

 Mais 370 mortes e 15.364 diagnósticos positivos da doença do coronavírus de 2019 (covid-19) foram notificados no Brasil nesta segunda-feira, o elevando o total de casos confirmados para 20.583.286 e o de mortes para 574.944.

A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 15% em duas semanas para 766. A média diária de casos novos recuou 10% em duas semanas para 29.186. Só o estado de Acre apresenta tendência de alta nas mortes.

No mundo, são 212.544.576 casos confirmados e 4.441.429 mortes. Mais de 190,5 milhões de pacientes se recuperaram, muitos com sequelas de longo prazo, cerca de 17,45 milhões enfrentam casos leves ou médios e 112.462 estão em estado grave.

Os Estados Unidos registraram mais 248.488 casos e 1.293 mortes, números inflados pela comunicação de dados do fim de semana. A média diária de casos novos dos últimos sete dias subiu 29% em duas semanas para 150.625. A média diária de mortes dos últimos sete dias cresceu 91% para 1.057. É o país com o maior número de casos confirmados (37.939.681) e de mortes (629.411).

Mais de 4,97 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Cerca de 32,5% da população mundial tomaram pelo menos uma dose, mas só 1,4% nos países de baixa renda, e 24,5% completaram a vacinação.

A China aplicou 1,96 bilhão de doses, seguida pela Índia com cerca de 585 milhões e a União Europeia com 514,9 milhões de doses. Nos EUA, 201,7 milhões receberam a primeira dose e 171,1 milhões (51,6% da população americana) estão plenamente vacinados, num total de 372,8 milhões de doses aplicadas. 

A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA), órgão regulador americano, deu aprovação definitiva à vacina da Pfizer-BioNTech. O presidente Joe Biden aproveitou para mais uma vez aconselhar os americanos a se vacinar, mas o ex-presidente Donald Trump foi vaiado num comício ao recomendar a vacinação.

O Brasil aplicou a primeira dose em 124,2 milhões de pessoas e mais de 55,9 milhões (26,24% da população brasileira) completaram a vacinação. A Prefeitura do Rio de Janeiro vai oferecer uma terceira dose a maiores de 60 anos, a partir de setembro. Meu comentário:

Hoje na História do Mundo: 23 de Agosto

MORRE SÍMBOLO SEXUAL DOS ANOS 1920

    Em 1926, morre em Nova York aos 31 anos Rodolfo Alfonso Raffaello Pierre Filibert Guglielmi di Valentina D'Antonguolla, mais conhecido como Rodolfo Valentino, um ator italiano radicado nos Estados Unidos que se tornara o arquetípico galã cinematográfico, um símbolo sexual dos anos 1920.

Pouco depois do lançamento de seu último filme, O Filho do Xeique, Valentino é hospitalizado com uma úlcera perfurada e morre de peritonite oito dias depois de ser operado. Sua morte provoca várias tentativa de suicídio. Sua última namorada, a atriz Pola Negri, está inconsolável. 

Dezenas de milhares de pessoas prestam homenagem passando junto ao caixão em Nova York. Cem mil pessoas se concentram perto da igreja onde é realizado o funeral. O corpo é levada de trem para ser enterrado em Hollywood.

SACCO E VANZETTI EXECUTADOS

    Em 1927, apesar dos protestos internacionais de defensores de sua inocência, os anarquistas italianos Nicola Sacco e Bartolomeo Vanzetti são executados na cadeira elétrica por latrocínio, roubo seguido de mortes.

O tesoureiro de uma fábrica de sapatos de South Braintree, no estado de Massachusetts, é assassinado em 15 de abril de 1920 junto com um segurança. O latrocínio é atribuído a dois italianos, que fogem com US$ 15 mil.

Sacco e Vanzetti são presos ao ir a uma garagem atrás de um carro que a polícia supunha estar ligado ao crime. Os dois suspeitos estão armados e mentem nos depoimentos, mas não têm antecedentes criminais. Em 14 de julho de 1921, são condenados à morte.

A pena é mantida mesmo depois que Celestino Medeiros, condenado por homicídio, confessa em 1925 ter participado do latrocínio. O Tribunal de Justiça de Massachusetts não revisa a sentença e o governador Alvin Fuller nega os pedidos de clemência.

Em 1977, o governador Michael Dukakis reabilita Sacco e Vanzetti declarando que foram alvos de uma injustiça.

PACTO GERMANO-SOVIÉTICO

    Em 1939, a Alemanha nazista e a União Soviética firmam o Pacto Germano-Soviético ou Pacto Ribbentrop-Molotov, nomes dos ministros do Exterior que assinaram o acordo de não agressão a mando dos ditadores Adolf Hitler e Josef Stalin

Com o pacto, Hitler garante a paz temporariamente com a URSS, enquanto Stalin ganha tempo para se preparar para uma guerra que considerava inevitável. Os dois países dividem a Polônia, a Alemanha fica com a maior parte e Hitler entrega as repúblicas do Mar Báltico (Estônia, Letônia e Lituânia) à URSS.

Nove dias depois, em 1º de setembro, a Alemanha invade a Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial (1939-45). A URSS ocupa o lado oriental. Com o controle da situação, em 1940, Hitler volta o esforço de guerra para conquistar a Europa Ocidental.

Ao ocupar parte da Polônia, a URSS detém 22 mil militares, policiais e cidadãos comuns acusados de espionagem e subversão pelo Comissariado do Povo para Assuntos Internos (NKVD), o nome da polícia política soviética na era Stalin (1927-53). Eles são mortos em abril e maio de 1940 no Massacre da Floresta de Katyn.

Em 22 de junho de 1941, a Alemanha invade a URSS na na Operação Barbarossa, a aposta mais ousada de Hitler, que o levaria à derrota e à morte. Mais de 80% das tropas alemãs são derrotadas na frente oriental. Com a entrada da URSS na guerra ao lado dos aliados, o governo polonês no exílio em Londres pede a libertação dos militares.

Dois anos depois da invasão, a Alemanha anuncia a descoberta de valas cheias de corpos na Floresta de Katyn. A URSS culpa os nazistas.

Com as vitórias nas batalhas de Stalingrado e de Kursk, em 1943, o Exército Vermelho para a ofensiva nazista e inicia a contraofensiva rumo a Berlim, tomada em 8 de maio de 1945, marco do fim da guerra na Europa. Hitler se suicida dias antes, em 30 de abril.

Só em 1990, durante o governo Mikhail Gorbachev (1985-91), a URSS reconheceu a responsabilidade pelo Massacre de Katyn.

LOU REED DEIXA VELVET UNDERGROUND

    Em 1970, o cantor e compositor Lou Reed faz seu último show com The Velvet Underground, uma das maiores bandas de rock americanas.

Reed conhece o galês John Cale em Nova York em 1964. Eles começam a tocar juntos. Com temas como protestituição e drogas, as letras de Reed estão muito distantes da música comercial. 

O apoio do artista plástico Andy Warhol credencia o Velvet Underground junto à vanguarda cultural nova-iorquina. A banda lança o primeiro álbum, Nico and the Velvet Underground, em 1967. Cale sai em 1968 e Lou Reed dois anos depois para fazer carreira solo. Ele morre em 2013.

domingo, 22 de agosto de 2021

Brasil tem média de menos de 800 mortes pelo segundo dia seguido

 Com a subnotificação dos fins de semana, mais 331 mortes e 14.178 casos da doença do coronavírus de 2019 foram notificados neste domingo no Brasil. O país soma agora 20.567.922 casos confirmados e 574.574 vidas perdidas na pandemia. 

A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 16% em duas semanas para 765. Há dois dias, está abaixo de 800. A média diária de casos novos baixou 8% para 29.490. Só um estado, o Rio de Janeiro, centro do surto da variante delta, apresenta tendência de alta nas mortes.

No mundo, já são 211.798.109 casos confirmados e 4.430.758 mortes. Cerca de 190 milhões de pacientes se recuperaram, 30% com alguma sequela, pouco mais de 17,2 milhões enfrentam casos médios ou suaves e 111.613 estão em estado grave.

Os Estados Unidos registraram mais 42.592 casos confirmados e 220 mortes nesta domingo, com provável subnotificação tendo em vista os dados dos últimos dias. 

A média diária de casos novos dos últimos sete dias subiu 36% em duas semanas para 149.678. A média de mortes dos últimos sete dias cresceu 98% para 1.008, passando de mil depois de meses. O país tem o maior número de casos confirmados (37.708.064) e de mortes (628.499).

A Índia relatou mais 25.072 casos novos e 389 mortes no domingo. Soma o segundo maior número de casos (32.449.306) e o terceiro de mortes (434.784). As autoridades sanitárias temem uma nova onda de contaminação que teria pico em outubro.

No Reino Unido, a média de mortes passou de 30 mil por dia na semana passada, com média de 96 mortes. A China não registrou nenhum caso novo pela primeira vez em semanas, e a Espanha não teve nenhuma morte por covid-19 no domingo.

Mais de 4,93 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Cerca de 32,4% tomaram pelo menos uma dose, mas só 1,4% nos países pobres, e 24,4% completaram a vacinação.

A China aplicou 1,95 bilhão de doses, seguida pela Índia, com 582,55 milhões de doses, a União Europeia, com 514,2 milhões, e os EUA, com cerca de 372 milhões de doses. 

O Brasil vem logo atrás em números absolutos. Aplicou a primeira dose em mais de 122,8 milhões e 55 milhões (25,8% da população brasileira) completaram a vacinação, num total de 177,8 milhões de doses.

Hoje na História do Mundo: 22 de Agosto

BATALHA DE BOSWORTH

    Em 1485, na última grande batalha da Guerra das Duas Rosas (1455-85), Henrique Tudor, Conde de Richmond, vence Ricardo III, que morre no campo de Bosworth, e é coroado rei da Inglaterra como Henrique VII

É o fim da Idade Média na Inglaterra e o início da poderosa Dinastia Tudor, que governaria o país até 1603, com o próprio Henrique VII, Henrique VIII, que rompe com a Igreja Católica e funda a Igreja da Inglaterra, Maria I e Elizabeth I, período em que começa a construção do Império Britânico.

FUNDAÇÃO DA CRUZ VERMELHA

    Em 1864, na Suíça, 12 países adotam, a Convenção de Genebra para Melhorar a Condição dos Feridos e Doentes de Exércitos no Campo de Batalha e criam a Cruz Vermelha Internacional.

MICHAEL COLLINS ASSASSINADO

    Em 1922, o líder revolucionário Michael Collins, político do Sinn Féin e herói da independência da Irlanda do Reino Unido, é morto em emboscada no condado de Cork, no Oeste da Irlanda

LUTA CONTRA RACISMO NO ESPORTE

    Em 1950, a tenista Althea Gibson é a primeira pessoa de origem africana a ser aceita pela Associação de Tênis na Grama dos Estados Unidos para disputar o Torneio de Forest Hills que no futuro evolui para Aberto dos EUA.

Althea Gibson vence o Torneio Aberto da França em 1956 e Wimbledon e o Aberto dos EUA em 1957 e 1958, antes de se tornar profissional. Na época, os torneios do Grand Slam só aceitavam amadores.

sábado, 21 de agosto de 2021

Média diária de mortes no Brasil cai para 773

 Com mais 585 mortes e 25.717 diagnósticos positivos notificados neste sábado, o Brasil chegou a 20.553.774 casos confirmados e 574.243 vidas perdidas na pandemia. A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 14% em duas semanas para 773. A média diária de casos novos baixou 10% em duas semanas para 29.437.

No mundo, já são 211.302.136 casos confirmados e 4.422.202 mortes. Mais de 189,5 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 17,27 milhões enfrentam casos leves ou médios e 110.336 estão em estado grave. A taxa de letalidade dos casos encerrados está em 2% há meses.

Os Estados Unidos registraram mais 97.978 infecções e 565 mortes pela covid-19 neste sábado. A média diária de mortes dos últimos sete dias ficou em 140.855, enquanto a média diária de mortes está em 889. O país soma o maior número de casos confirmados (37.667.889) e de mortes (628.276).

A China aplicou 1,93 bilhão de doses de vacinas, seguida pela Índia, a União Europeia e os EUA. No Brasil, 122,376 milhões de pessoas tomaram a primeira dose de vacina contra a covid-19 e 54,89 milhões (25,77% da população brasileira) completaram a vacinação.

Hoje na História do Mundo: 21 de Agosto

REVOLTA DE ESCRAVOS NOS EUA

    Em 1831, Nat Turner, que se considera enviado por Deus para libertar seu povo, inicia um sangrenta revolta de escravos no estado da Virgínia. Com sete aliados, ele mata seu dono, Joseph Travis, e família.

O plano é tomar o arsenal do condado, na cidade de Jerusalém, e fugir por 50 quilômetros até um pântano onde pretendia enganar seus perseguidores.

Durante dois dias e duas noites, os rebeldes atacam fazendas e arregimentam seus escravos para a luta. Cerca de 75 rebeldes matam 60 moradores brancos do Condado de Southampton.

Uma milícia estadual de 3 mil homens esmaga a rebelião quando Turner e os escravos rebelados estavam a poucos quilômetros de Jerusalém. O líder escapa. É preso em outubro e enforcado em 11 de novembro em Jerusalém.

Em reação à maior revolta de escravos da história dos EUA, muitos negros inocentes são chacinados e uma série de leis repressivas proíbe o movimento negro, a reunião e a educação de escravos.

HAVAÍ VIRA ESTADO DOS EUA

    Em 1959, o presidente Dwight Eisenhower assina a proclamação que torna o Havaí o 50º estado dos Estados Unidos.

Os primeiros seres humanos chegam ao Arquipélago do Havaí no século 8 da era cristã. Os comerciantes americanos começam a extrair o sândalo, uma madeira muito apreciada na China. A indústria açucareira é introduzida nos anos 1830 e se torna importante na metade do século 19. 

A presença de agricultores e missionários americanos muda a história do Havaí. Em 1893, um grupo de americanos expatriados e plantadores de açúcar depõe a monarquia. No ano seguinte, o Havaí vira protetorado dos EUA.

Depois do uso da base naval de Pearl Harbor durante a Guerra Hispano-Americana, em 1898, quando os EUA tomaram as Filipinas e a ilha de Guam, a anexação formal é aprovada. O ataque japonês à 7ª Frota Americana em Pearl Harbor em 7 de dezembro de 1941 fez os EUA entrarem na Segunda Guerra Mundial (1939-45).

LÍDER DA INDEPENDÊNCIA DO QUÊNIA SOLTO

    Em 1961, depois de nove anos de prisão, as autoridades coloniais britânicas libertam Jomo Kenyatta, líder do movimento pela independência do Quênia

Menos de dois anos depois, em 1º de junho de 1963, o Quênia conquista a independência e Kenyatta se torna primeiro-ministro e, a partir de 1964, presidente até sua morte, em 22 de agosto de 1978.

Sob Kenyatta, o Quênia adere à Organização de Unidade Africana (OUA) e à Comunidade das Nações, a antiga Comunidade Britânica, e se alia ao Ocidente durante a Guerra Fria. Seu governo é acusado de ditatorial, autoritário, corrupto e neocolonial ao privilegiar os kikuyos sobre outras etnias, mantendo a hierarquia social imposta pelo Império Britânico.

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Brasil chega a 20,5 milhões de casos confirmados de covid-19

 O Brasil registrou mais 925 mortes e 34.013 diagnósticos positivos da doença do coronavírus de 2019 nesta sexta-feira. Soma agora 20.528.027 casos confirmados e 573.658 vidas perdidas na pandemia.

A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 10% das últimas duas semanas para 821. A média diária de casos novos dos últimos sete dias também baixou 10% em duas semanas, mas voltou a subir acima de 30 mil. Está em 30.046.

Com a variante delta, o Rio de Janeiro enfrenta um pico de casos de covid-19, anunciou o prefeito Eduardo Paes.

Os Estados Unidos notificaram mais 184.884 casos novos e 1.480 mortes. A média diária de contágios dos últimos sete dias subiu 37% para 145.913. A média diária de mortes dos últimos sete dias cresceu 96% para 975.

Mais de 4,91 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Pelo menos 32,3% da população mundial receberam ao menos uma dose, mas só 1,4% nos países pobres, e 24,3% estão plenamente vacinados.

A China aplicou 1,92 bilhão de doses, seguida pela Índia. A União Europeia aplicou 511,6 milhões de doses; 54,8% dos europeus completaram a vacinação. Nos EUA, 200,4 milhões tomaram a primeira dose e 170 milhões completaram a vacinação, num total de 370,4 milhões de doses. 

O Brasil aplicou a primeira dose em 121,26 milhões e 54 milhões (25,35% da população brasileira) estão plenamente vacinados. Meu balanço semanal da pandemia:

Hoje na História do Mundo: 20 de Agosto

INÍCIO DA ESCRAVIDÃO NOS EUA

     Em 1619, os primeiros escravos africanos são vendidos na colônia de Jamestown, na Virgínia, no início da escravidão no que hoje são os Estados Unidos. São mais de 20 angolanos capturados por traficantes de escravos portugueses atacados por piratas em busca de ouro. Quando os piratas viram que eram escravos, venderam aos colonos americanos.

A colônia de Jamestown, fundada em 1607 e batizada em homenagem ao rei Jaime I da Inglaterra e Jaime VI na Escócia, tem cerca de 700 habitantes em 1619.

Os escravos são capturados pelos traficantes portugueses nos reinos africanos do Kongo e de Ndongo e embarcados no navio San Juan Bautista, que os levaria a Veracruz, na colônia espanhola da Nova Espanha, hoje México.

Na travessia do Oceano Atlântico, cerca de 150 dos 350 escravos morreram. Dois navios piratas, o Leão Branco e o Tesoureiro, atacam o navio negreiro e tomam 60 escravos. O Leão Branco trocou-os por comida em Jamestown.

O tráfico de escravos capturou mais de 12 milhões de africanos. A maior parte (5 milhões) veio para o Brasil, outros 3 milhões para a região do Mar do Caribe e 400 mil para a América do Norte.

ASSASSINATO DE TROTSKY

    Em 1940, o agente stalinista Jaime Ramón Mercader mata com uma picareta de alpinismo  o líder revolucionário comunista Lev Davidovich Bronstein, mais conhecido como Leon Trotsky, na sua casa no exílio na Cidade do México.

Trotsky nasce na Ucrânia numa família judaica. Vira marxista na adolescência e larga a Universidade de Odessa para organizar o Sindicato dos Trabalhadores do Sul da Rússia. Em 1898, é preso por suas atividades políticas. Depois anos depois, é enviado para a Sibéria. Em 1902, foge usando um passaporte falso em nome de Leon Trotsky.

Ele volta à Rússia para participar da Revolução de 1905. É preso e enviado de novo à Sibéria. Em 1907, escapa mais uma vez. Em mais uma década no exílio, Trotsky vive na Suíça, na França, na Espanha e em Nova York antes de voltar à Rússia em 1917, depois que a Revolução de Fevereiro derruba a monarquia.

Como líder do Soviete de Petrogrado, Trotsky tem um papel decisivo na Revolução de Outubro, que leva os bolcheviques ao poder. Nomeado comissário de Relações Exteriores, negocia a paz de Brest-Litovsk com a Alemanha para tirar a Rússia da Primeira Guerra Mundial (1914-18).

Comissário do Povo para Assuntos Militares e Navais, cria e chefia o Exército Vermelho durante a guerra civil que se segue à Revolução Comunista. Também funda o Politburo do Comitê Central do Partido Comunista e se torna um de seus sete membros.

Depois da morte de Lenin, em janeiro de 1924, Trotsky perde a disputa pelo poder com Josef Stalin. Em 1925, deixa de ser comissário da Guerra e, em 1927, é afastado do Politburo. Expulso da União Soviética em fevereiro de 1929, torna-se o maior crítico do stalinismo até ser morto pelo comunista espanhol Ramón Mercader, um agente internacional do Comissariado do Povo para Assuntos Internos (NKVD), a polícia política da URSS no período stalinista.

INVASÃO DA TCHECO-ESLOVÁQUIA

    Em 1968, 200 mil soldados e 5 mil tanques do Pacto de Varsóvia, a aliança militar liderada pela União Soviética, invadem a Tcheco-Eslováquia e acabam com a Primavera de Praga, uma tentativa do líder Alexander Dubcek de humanizar o regime comunista.

Os comunistas tomam o poder na Tcheco-Eslováquia em 1948, num golpe apoiado pelo ditador soviético Josef Stalin, e impõem um regime stalinista, padrão na Europa Oriental, ocupada pelo Exército Vermelho no fim da Segunda Guerra Mundial (1939-45).

A linha dura domina o país até os anos 1960, quando há uma liberalização do regime que atinge o auge sob Dubcek, eleito primeiro-secretário do Partido Comunista em 5 de janeiro de 1968. As tentativas de descentralizar a administração e a economia, e democratizar o regime desagradaram ao Kremlin.

Os tcheco-eslovacos protestam e resistem à invasão. Vários jovens se autoimolam e morrem queimados na luta pela liberdade, mas são impotentes contra os tanques soviéticos. 

A Tcheco-Eslováquia permanece sob o controle da URSS até a queda do regime comunista na Revolução de Veludo, em novembro de 1989. Os tanques soviéticos só deixam o país em 1991, quando acaba a URSS.

No Divórcio de Veludo, em 1º de janeiro de 1993, o país se dividiu em República Tcheca e Eslováquia.

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Brasil tem 25% da população plenamente vacinados

 Mais de 53,4 milhões de brasileiros (25,09% da população brasileira) completaram a vacinação contra a doença do coronavírus e 2019. Ainda é muito pouco para conter a pandemia e para enfrentar a variante delta, que já é dominante no Rio de Janeiro.

Nesta quinta-feira, foram notificadas mais 1.030 mortes e 35.793 diagnósticos positivos, elevando os totais no país a 20.494.014 casos confirmados e 572.733 mortes. A média diária de casos novos dos últimos sete dias caiu 9% em duas semanas para 821. A média diária de mortes dos últimos sete dias baixou 9% em duas semanas para 28.895. Ambos apresentam tendência de estabilidade.

A covid-19 cresce no mundo. Foram mais de 4,4 milhões de casos novos na semana passada. O total de casos confirmados de covid-19 chegou a 210.108.036, com 4.405.174 mortes. Mais de 188,5 milhões de pacientes recuperaram, muitos com sequelas de longo prazo, a chamada covid longa, cerca de 17 milhões enfrentam casos leves ou médios e 108.250 estão em estado grave.

Os Estados Unidos registraram mais 149.984 casos e 1.767 mortes na quinta-feira, 19 de agosto, mais do que as 1.492 mortes na Indonésia, o país que no momento tem a maior média de mortes em 7 dias.

A média diária de casos novos dos últimos sete dias nos EUA subiu 44% em duas semanas para 143.792. A média diária de mortes dos últimos sete dias cresceu 108% em duas semanas para 911, de acordo com o jornal The New York Times. 

Coma onda de contaminação pela variante delta, mais de 90 mil pacientes de covid-19 estão hospitalizados nos EUA. O país têm o maior número de casos confirmados (37.297.023) e de mortes (625.183) na pandemia.

Na Índia, mais 36.401 casos e 513 mortes de covid-19 foram notificadas na quinta-feira. O país tem o segundo maior número de casos confirmados (32.358,210) no mundo e o terceiro maior de mortes (433.622).

Mais de 4,84 bilhões de doses foram aplicadas até agora no mundo. Cerca de 32% da população mundial tomaram ao menos uma dose, mas só 1,3% nos países pobres, e 24% completaram a vacinação.

A China lidera com 1,91 bilhão de doses aplicadas, seguida pela Índia, que aplicou mais 5,636 milhões de doses num dia, chegando a 566,5 milhões. Nos EUA, 199,9 milhões tomaram ao menos uma dose e 169,6 milhões (51,16% da população americana) completaram a vacinação, num total de 369,5 milhões de doses. 

O Brasil aplicou a primeira dose em mais de 120,2 milhões de pessoas e 53,4 milhões (25,09% da população brasileira) estão plenamente vacinados, num total de 173,6 milhões de doses. Meu comentário:

Hoje na História do Mundo: 19 de Agosto

 GOLPE CONTRA MOSSADEGH

    Em 1953, no primeiro golpe articulado pela CIA (Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos) durante a Guerra, os militares do Irã derrubam o primeiro-ministro Mohammed Mossadegh, um nacionalista de esquerda que nacionalizara a companhia petrolífera Anglo-Iranian Oil, e restaura o poder do xá Reza Pahlevi.

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Média de mortes por covid-19 cai para 813 por dia

 Com mais 985 mortes e 41.017 diagnósticos positivos notificados hoje, o total de casos confirmados no Brasil da doença do coronavírus de 2019 (covid-19) chegou a 20.458.221 e 571.703 pessoas perderam a vida. 

A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 8% em duas semanas para 813. A média diária de casos novos dos últimos sete dias também recuou 8% em duas semanas para 29.864. Ambos apresentam tendência de estabilidade. Só no Paraná as mortes estão em alta.

O total de casos confirmados no mundo está em 209.222.017, com 4.392.130 mortes. Cerca de 188 milhões de pacientes se recuperaram, mais de 16,7 milhões enfrentam casos leves ou médios e 107.968 estão em estado grave.

Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden anunciou a aplicação de uma terceira dose oito meses depois da segunda, a partir de 20 de setembro, a começar por idosos e trabalhadores da saúde. Ele pediu ao Departamento da Educação medidas contra governadores republicanos que proíbem autoridades escolares de exigir o uso de máscaras.

Nesta quarta-feira, pela primeira vez em cinco meses, os EUA tiveram mais de mil mortes num dia. Foram mais 162.994 casos e 1.083 mortes de covid-19 foram registradas nesta quarta-feira. O país tem mais casos confirmados (37.155.127) e mais mortes (624.253) do que qualquer outro na pandemia. 

A média diária de casos novos dos últimos sete dias subiu 64% em duas semanas para 140.893. A média diária de mortes cresceu 97% em duas semanas para 809.

Mais de 4,8 milhões de doses de vacinas foram aplicadas no mundo. Cerca de 31,8% da população mundial tomaram ao menos de uma dose de vacina, mas só 1,3% nos países pobres, e 27,8% estão plenamente vacinados.

A China aplicou 1,89 bilhão de doses, seguida pela Índia. Nos EUA, 199,3 milhões receberam ao menos uma dose e 169,2 milhões (51% da população americana) completaram a vacinação, num total de 368,5 milhões. O Brasil aplicou a primeira dose em 118,9 milhões e mais de 52,45 milhões (24,6% da população brasileira) completaram a vacinação. Meu comentário:

Hoje na História do Mundo: 18 de Agosto

GOLPE CONTRA GORBACHEV

    Em 1991, a linha-dura do Partido Comunista da União Soviética dá um golpe contra o presidente Mikhail Gorbachev, responsável pela abertura política (glasnost) e econômica (perestroika) do regime, que está de férias na sua dacha (casa de campo) na Crimeia.

Com a desculpa de que Gorbachev está doente, os golpistas, liderados pelo vice-presidente Gennady Yanaiev declaram estado de emergência e tentam assumir o controle do governo. Colocam em prisão domiciliar e o pressionam a renunciar. Gorbachev se nega.

A luta contra o golpe é liderada por Boris Yeltsin, eleito presidente da Rússia em 12 de junho de 1991 com 57% dos votos. O golpe desaba. Gorbachev retoma o cargo com o poder abalado. Yeltsin se torna o líder mais poderoso. A URSS, pátria do comunismo, acaba no fim do ano.

terça-feira, 17 de agosto de 2021

Brasil tem mais 1.137 mortes na pandemia e total passa de 570 mil mortes

 Com mais 1.137 mortes e 38.218 diagnósticos positivos da doença do coronavírus de 2019 notificados nesta terça-feira, o Brasil soma 20.417.204 casos confirmados e 570.718 vidas perdidas na pandemia. 

A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 10% em 14 dias para 883. É a menor desde 7 de janeiro e apresenta tendência de estabilidade. Só no Ceará as mortes estão com tendência de alta. A média diária de casos novos nos últimos sete dias recuou 11% em duas semanas para 29.117.

No mundo, já são 208.684.163 casos confirmados e 4.384.515 mortes. Mais de 187,5 milhões de pacientes se recuperaram, cerca de 16,7 milhões enfrentam casos leves ou médios e 107.858 estão em estado grave.

Os Estados Unidos voltaram a registrar mais de 200 mil casos novos. Foram 204.003 diagnósticos positivos e 1.528 mortes nesta terça-feira, números provavelmente inflados pela subnotificação do fim de semana. 

Lá, a média diária de casos novos em sete dias subiu 52% em duas semanas para 139.872, enquanto a média diária de mortes avançou 87% no mesmo período para 696. Os EUA têm o maior número de casos (37.020.551) e de mortes (623.329).

Mais de 4,76 bilhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Pelo menos 31,7% da população mundial, de 7,78 bilhões, tomaram ao menos uma dose de vacina, mas só 1,3% nos países pobres, e 23,7% completaram a vacinação.

A China aplicou 1,89 bilhão de doses e a Índia mais de 560 milhões. Nos EUA, 198,9 milhões de pessoas receberam a primeira dose e 168,9 milhões (50,95% da população americana) completaram a vacinação. O Brasil aplicou pelo menos uma dose em 117,7 milhões e pouco menos de 51,6 milhões (24,2% da população brasileira) completaram a vacinação. Meu comentário:

Hoje na História do Mundo: 17 de Agosto

     Em 1987, o líder nazista Rudolf Hess morre enforcado na prisão de Spandau, em Berlim, na Alemanha, num provável suicídio. É até então o último sobrevivente do círculo íntimo do regime de Adolf Hitler e o único preso em Spandau desde 1966.

    Em 1998, Bill Clinton é o primeiro presidente dos Estados Unidos no exercício do cargo a depor perante um tribunal do júri

Depois de 4 anos de investigações sobre um investimento imobiliário fracassado, o Escândalo de Whitewater ou Whitewatergate, e acusações de assédio sexual,  em que o procurador especial Kenneth Starr descobriu o caso com Monica Lewinsky, estagiária da Casa Branca, Clinton chega ao tribunal, denunciado por perjúrio (mentir sob juramento) e obstrução de justiça.

Após o depoimento, Clinton faz um pronunciamento na televisão. Ele admite que teve uma "relação inapropriada" com Lewinsky e pede desculpas por enganar a mulher e o povo americano, mas nega a obstrução de justiça.

Em 19 de dezembro de 1998, a Câmara dos Representantes denuncia Clinton num processo de impeachment, o que nos EUA exige maioria simples, por perjúrio e obstrução de justiça. É o segundo presidente submetido a julgamento político, depois de Andrew Johnson, em 1868. 

Cinco semanas depois, no julgamento no Senado, Clinton é considerado inocente da acusação de perjúdio com 55 votos a favor e 45 contra. Há um empate de 50-50 na acusação e obstrução de justiça. Ambas exigem maioria de dois terços ou 67 votos para afastar o presidente. Até hoje, nenhum presidente dos EUA foi condenado num processo de impeachment.

EUA têm responsabilidade na tragédia do Afeganistão

Ao defender a decisão equivocada de retirar as forças dos Estados Unidos e abandonar quem apoiou o regime instalado pela intervenção militar, o presidente Joe Biden alegou que nunca foi intenção construir uma nação no Afeganistão e que o momento ideal para sair não chega nunca. 

Biden ignorou a responsabilidade americana na tragédia afegã quando criou um exército guerrilheiro muçulmano para combater a invasão do país pela União Soviética, em 1979.

A rede terrorista Al Caeda e a milícia fundamentalista dos Talebã (Estudantes) são filhos dos chamados árabes afegãos, entre eles Ossama ben Laden, e das madraças, as escolas religiosas só para homens e que só ensinam o Corão.

É difícil imaginar que grupos que almejam recriar o mundo à imagem da Arábia do tempo do profeta Maomé, no século 7, tenham evoluído nos últimos 20 anos. Sua ideologia e seus objetivos são os mesmos, continuar a jihad (guerra santa) até impor a lei islâmica do mundo inteiro. 

As imagens do aeroporto de Cabul e de um avião militar lotado com 640 pessoas amontoadas mostram claramente que o povo afegão teme a volta da tirania. Meu comentário:

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Governo admite que vulneráveis precisam de terceira dose

 Uma parte mais frágil da população brasileira necessita de uma terceira dose, de reforço, da vacina contra a doença do coronavírus de 2019, reconheceu nesta segunda-feira a secretária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, a cancerologista Rosana Leite Melo. 

A secretária citou a queda na resposta imunológica dos idosos e das pessoas imunodeprimidas e afirmou que as autoridades sanitárias estão definindo quem deve receber primeiro.

Para a Drª Margareth Dalcomo, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, as prioridades devem ser maiores de 70 anos que tomaram a vacina chinesa CoronaVac, profissionais de saúde e pessoas com deficiência imunológica.

Nos Estados Unidos, o governo Joe Biden vai anunciar que a maioria dos americanos deve tomar uma dose de vacina oito meses depois da segunda dose para reforçar a imunidade e se proteger contra mutações do vírus como a variante delta, que aqui já é dominante no Rio de Janeiro.

Com mais 363 mortes e 17.493 casos notificados nesta segunda-feira, o Brasil se aproxima das 570 mil mortes por covid-19. Até agora, são 20.378.986 casos confirmados e 569.581 óbitos na pandemia no país. A média diária de mortes dos últimos sete dias caiu 12% em duas semanas para 839. A média diária de diagnósticos positivos em 7 dias recuou 15% para 28.692. O pico foi 77.295 em 23 de junho.

No mundo, já são 207.824.763 casos confirmados e 4.370.906 mortes. Cerca de 187 milhões de pacientes se recuperaram, mais de 16,3 milhões enfrentam casos leves ou médios da doença e 107.262 estão em estado grave.

Os EUA registraram nesta segunda-feira mais 182.950 casos, número provavelmente inflado pela subnotificação no fim de semana, e 587 mortes. A média diária de casos novos dos últimos sete dias subiu 64% em duas semanas para 141.365, bem menos do que hoje. A média diária de mortes dos últimos sete dias aumentou 106% em duas semanas para 704. O país tem o maior número de casos (36.886.005) e de mortes (622.306) do mundo na pandemia.

A Índia está preocupada com o aumento do número de casos da variante delta +, uma mutação da delta. O estado de Maharashtra, o segundo mais populoso, onde fica Mumbai, a capital econômica do país, teve 76 casos. No país, houve mais 438 mortes registradas na segunda-feira. A Índia tem o segundo maior número de casos (32.249.900) e o terceiro maior de mortes (432.112) na pandemia.

Diante do primeiro caso em seis meses, um caso da variante delta diagnosticado em Auckland, a Nova Zelândia entra no quarto confinamento, anunciou há pouco a primeira-ministra Jacinda Ardern. Auckland fica em quarentena por uma semana e o resto do país durante três dias.

Mais de 4,72 milhões de doses de vacinas foram aplicadas até agora no mundo. Pelo menos 31,4% da população mundial tomaram ao menos uma dose, mas só 1,3% nos países pobres, e 23,6% completaram a vacinação.

A China vacinou mais, 1,87 bilhão de doses. Nos EUA, 198,6 milhões de pessoas tomaram a primeira dose e 168,7 milhões (50,9% da população americana), num total de 367,3 milhões. O Brasil deu a primeira dose a pouco menos de 116 milhões de pessoas e 50,5 milhões (23,7% da população brasileira) completaram a vacinação.

Hoje na História do Mundo: 16 de Agosto

CORRIDA DO OURO

     Em 1896, quando pescava salmão perto do Rio Klondike, no território canadense do Yukon, George Carmack descobre pepitas de ouro no leito de um riacho e deflagra a maior corrida do outo da história da América, com mais de mil garimpeiros indo para o Alasca em três anos.

Carmack se muda da Califórnia para o Alasca em 1881 em busca de ouro. Sem sucesso, ele cruza a fronteira para o território do Yukon. Em 1896, outro caçador da fortuna, Robert Henderson, lhe diz que há ouro no Klondike.

Com dois indígenas, Carmack vai investigar. Eles acampam perto do Riacho Coelho e um deles, Skookum Jim, cunhado de Carmack, avista as pepitas.

A notícia se espalha rapidamente pelos Estados Unidos e o Canadá. Em duas semanas, 50 mil garimpeiros correm para o Yukon. A Febre do Klondike atinge a temperatura máxima em julho de 1897, quando navios com mais de duas toneladas de ouro do Yukon chegam a São Francisco e Seattle.

Uma nova onda de migrantes vai para o Norte, mas o maior parte do ouro já fora garimpada. Entre os fracassados, está o jovem escritor Jack London, de 21 anos, que escreve livros sobre a saga dos buscadores de ouro.

Carmack enriquece. Sai do Yukon com US$ 1 milhão. Os pequenos mineiros vendem os direitos de exploração para grandes empresas. A exploração de ouro em grande escala continua até 1966 e rende US$ 250 milhões. Cerca de 200 pequenas minas de ouro operam hoje na região.

REI DO ROCK MORRE

    Em 1977, o cantor, músico e ator americano Elvis Presley, o Rei do Rock, morre aos 42 anos em Memphis, no Tennessee, de ataque cardíaco, provavelmente por causa do vício em drogas de farmácia, deflagrando uma romaria até sua casa, a Mansão de Graceland.

Elvis nasce pobre em Tupelo, no Mississípi, em 8 de janeiro de 1935. O irmão gêmeo Jesse morre no parto. Depois do ensino médio, consegue um emprego como motorista de caminhão.

Aos 19 anos, entra num estúdio e paga US$ 4 para gravar algumas músicas para presentear a mãe. O dono do estúdio, Sam Philips, gosta da voz e convida Elvis para ensaiar com músicos locais. Ao ouvir a gravação da canção de rhythm & blues That's All Right, decide lançar um compacto na sua gravadora Sun Records.

O disco chega ao primeiro lugar nas paradas de sucesso locais e lança Elvis, o cantor solo que mais vendeu discos até hoje no mundo. Em 1955, a Sun Records vende o contrato com Elvis para a RCA, uma das gravadoras mais importantes dos Estados Unidos pelo preço recorde de US$ 40 mil.

Em setembro de 1956, Elvis aparece no programa de televisão Ed Sullivan Show, mas as câmeras só o mostram da cintura. Seu requebrado era considerado sensual demais para os padrões moralistas da época.

De 1956 a 1958, ele estrela quatro filmes. Em 1958, para desespero dos fãs, é convocado para servir ao Exército dos EUA na Alemanha Ocidental durante a Guerra Fria. Seu empresário, coronel Tom Parker, guarda cinco compactos a serem lançados durante o ano do serviço militar. Todos vendem mais de um milhão de cópias.

Após deixar o Exército, Elvis muda seu estilo do rock para baladas românticas que embalam os melosos filmes de Hollywood que ele estrela. No fim dos anos 1960, o rock sofreu uma revolução com bandas como os Beatles e os Rolling Stones, entre outras. Acomodado e conformado, Elvis deixa de ser um ídolo da juventude.

Nos anos 1970, Elvis entra em declínio físico e mental. Divorcia-se da mulher, Priscilla. Deprimido, se vicia em álcool e drogas de farmácia. Engorda com comida de má qualidade e se torna obeso. Em 16 de agosto de 1977, é encontrado inconsciente na Mansão de Graceland, onde está enterrado, que vira uma grande atração turística.

RAMONES LANÇAM PUNK ROCK

    Em 1974, cinco anos depois do auge da era hippie com o Festival de Woodstock, quatro garotos do bairro nova-iorquino do Queens, os Ramones entraram no palco de um bar do Village Leste de jeans e jaquetas de motoqueiros para iniciar uma nova revolução musical. O termo punk rock só seria cunhado em 1975 pela revista musical McNeil.

A música feroz e selvagem, "eliminando o desnecessário para focar na substância", estridente e ensurdecora, inspira bandas britânicas como Sex Pistols e The Clash, ícones do movimento punk.

HOMEM-RELÂMPAGO

    Em 2009, o corredor jamaicano Usain Bolt reduz seu próprio recorde mundial nos 100 metros em rasos em 11 décimos de segundo, com o tempo de 9,58 seg, no Estádio Olímpico de Berlim, onde na Olimpíada de 1936 o negro americano Jesse Owens conquistara quatro medalhas de ouro destruindo o mito nazista da superiodade da raça ariana (branca).

Bolt bate o recorde mundial na Olimpíada de 2008, em Beijim, na China, com o tempo de 9,69 seg. É o primeiro homem a correr 100 m em menos de 9,7 seg. Em Berlim, é o primeiro a baixar a marca para menos de 9,6 seg.

O homem mais rápido da história promete reduzir o tempo para 9,4 seg. Deixa as pistas no Campeonato Mundial de Atletismo de 2017 sem conseguir, mas o recorde é seu até hoje.

EUA fogem do cemitério dos impérios

O Afeganistão é o “cemitério dos impérios”. Desde Alexandre, o Grande, da Macedônia, um dos maiores generais de todos os tempos, que morreu aos 33 anos em 323 antes de Cristo, ninguém conquista o Afeganistão. 

O Império Mongol, de Gêngis Khan, tomou a metade do país do Império Corásmio (persa) numa guerra brutal de 1219 a 1221. Na cidade de Herat, onde o sobrinho favorito do Grande Khan foi morto, de 150 mil habitantes, sobreviveram 60. A brutalidade e as políticas de extermínio dos mongóis são comparáveis ao nazismo. 

GRANDE JOGO 
No século 19, o Afeganistão é enquadrado no Grande Jogo entre o Império Britânico, que dominava a Índia, e o Império Russo, na disputa geopolítica por influência na Ásia Central. O país era um Estado-tampão entre os dois impérios. 

A Linha Durand, a fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão, foi traçada por Sir Mortimer Durand, secretário de Estado do governo colonial britânico na Índia, em 1893. Divide artificialmente as tribos pastós, que são 42% da população do Afeganistão e a etnia da maioria dos talebã, e são 15% da população do Paquistão, com a mesma cultura, o mesmo idioma e a mesma organização social dos dois lados da fronteira. 

Depois da Terceira Guerra Anglo-Afegã, em 1919, o Afeganistão recupera a independência como uma monarquia até a queda do rei Zahrir Shah, em 17 de julho de 1973, quando um golpe branco do ex-primeiro-ministro Mohamed Daud Khan, primo e cunhado do rei, proclama a República. Daud Khan governa cinco anos até a Revolução de Saur, o segundo mês do calendário persa. 

INVASÃO SOVIÉTICA 
Num golpe sangrento, em 27 e 28 de abril de 1978, os comunistas do Partido Popular Democrático tomam o poder, instalam um regime soviético sob a liderança do secretário-geral Nur Muhamad Taraki e iniciam uma série de reformas que enfrentam forte oposição em zonas rurais do interior do país. 

Em setembro de 1979, um golpe dentro do regime mata Taraki. O primeiro-ministro Hafizullah Amin assume a Secretaria-Geral do partido. A União Soviética não aceita o golpe e invade o Afeganistão em 26 de dezembro de 1979. Amin é deposto e morto. Babrak Karmal é o novo líder. Começa a Segunda Guerra Fria, depois da détente do início da década, quando o presidente americano Richard Nixon foi à China e à URSS, em 1972. 

Logo se forma uma aliança para fazer do Afeganistão o Vietnã da URSS: os EUA, governados por Ronald Reagan (1981-89); o Paquistão, dominado pelo ditador Zia ul-Haq, aliado americano na Guerra Fria e maior responsável pelo extremismo muçulmano no país; a China, inimiga da URSS no mundo comunista; e a Arábia Saudita, rica em petrodólares, exportadora do wahabismo, sua versão ortodoxa, ultraconservadora, extremista, austera, fundamentalista e puritana do islamismo. 

Os EUA dão armas e treinamento, a Arábia Saudita entra com dinheiro e voluntários, o Paquistão com os centros de treinamento e a China, aliada do Paquistão, com apoio político e diplomático. Ossama ben Laden é um dos enviados pela monarquia saudita para a guerra de guerrilhas contra o Exército Vermelho. É um dos ‘árabes afegãos’. 

As armas decisivas são os mísseis antiaéreos portáteis Stinger, disparados com apoio no ombro, lançados pelos EUA em 1981. Ao derrubar os aviões inimigos, acabam com a superioridade aérea dos soviéticos, que, como os americanos, nunca controlaram o interior de um país inóspito e montanhoso, próprio para a resistência de quem conhece o terreno. 

A invasão soviética dura nove anos e um mês. Mata de 562 mil a 2 milhões de afegãos e mais de 25 mil soldados soviéticos. Seis milhões fogem de casa, 2 a 3 milhões vão para o Paquistão e cerca de 1 milhão para o Irã. Deixa o país arrasado e em situação de anarquia, com os diferentes grupos armados que expulsaram os soviéticos brigando entre si. 

O último líder instalado pelo soviéticos, Mohamed Najibullah, é deposto em 16 de abril 1992, quando o Afeganistão cai num estado de anarquia geral.Vira uma terra sem lei onde vale a lei do mais forte e existe todo tipo de abuso. 

MILÍCIA DOS ESTUDANTES 
Neste ambiente selvagem de anarquia e guerra civil, a Milícia dos Talebã (Estudantes), nasce em setembro de 1994, fundada em Kandahar pelo mulá Mohamed Omar e 50 estudantes, todos oriundos das madraças, as escolas religiosas do Paquistão só para homens e que só ensinam o Corão, o livro sagrado do islamismo. 

Com financiamento saudita para difundir o wahabismo, elas se multiplicaram no governo Zia e foram importantes para os refugiados afegãos porque oferecem casa e comida para os alunos. Hoje, são 30 mil no Paquistão, com mais de 2,5 milhões de alunos. 

Omar estava insatisfeito porque o comunismo soviético não fora substituído pela lei corânica. Estava decidido a impor o deobandismo, sua corrente radical do Islã, como fonte de todo o poder no país. Começou dando enterro digno a menores vítimas de abuso sexual para conquistar a confiança da comunidade. 

Como a anarquia no Afeganistão criava insegurança e roubos e assaltos constantemente nas rotas de comércio que passavam pelo país, o poderoso serviço secreto militar do Paquistão, então governado pela primeira-ministra Benazir Bhutto, apoiou o movimento. De acordo com o jornalista Ahmed Rashid, de 1994 a 1999, 80 a 100 mil paquistaneses lutaram ao lado dos talebã no Afeganistão. 

Além do Paquistão, a milícia fundamentalista recebeu ajuda da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, e um apoio discreto dos EUA, que chegaram a dar dinheiro ao governo dos Talebã para combater a produção e o tráfico de opiáceos. 

EMIRADO ISLÂMICO 
No início de 1995, os talebã iniciam a marcha rumo a Cabul, mas sofrem uma grande derrota para as forças do governo sob o comando de Ahmed Shah Massoud. Mas, em 5 de setembro de 1995, conquistam Herat, a terceira maior cidade do país, na região de maioria xiita próxima ao Irã. Em 27 de setembro de 1996, tomam Cabul e fundam o Emirado Islâmico do Afeganistão. Massoud continua a luta como líder da Aliança do Norte. 

Num país arrasado por quase duas décadas de guerra, faltam água e energia. Poucos telefones funcionam. Poucas estradas são transitáveis. Os laços de clã e família estão desgastados pela guerra sem fim. A mortalidade infantil é a maior do mundo. Um quarto das crianças não chega aos 5 anos. 

O Afeganistão depende da ajuda de organizações internacionais, mas o regime talebânico vê com suspeita as atividades de organizações não governamentais e o trabalho de mulheres. A ONU sai do país em setembro de 1997, depois que o mulá Omar decide que as mulheres só viagem no país acompanhadas de um homem com que tenham laços familiares. 

Sob a ditadura teocrática dos talebã, eram proibidos: 
• a homossexualidade, passível de pena de morte; 
• toda forma de sexo que não entre pessoas casadas; 
• televisão, considerada um insulto ao Islã por reproduzir a figura humana; 
• fazer a barba, porque estaria no Corão e nos ditos do profeta Maomé, que também usaria barba; 
• ouvir música; 
• ter pássaros em gaiola, que eram mortos em vez de libertados; 
• ler livros suspeitos: literatura considera anti-islâmica dava até pena de morte; 
• a Internet, para afegãos e estrangeiros; • mulheres saírem de casa sozinhas, mesmo num país há décadas em guerra; e 
• o Dia do Trabalho, visto como um feriado comunista. 

DETRITO DA GUERRA FRIA 
Depois de vencer a URSS, os ‘árabes afegãos’ fundam em 1988 a rede terrorista Al Caeda (A Base), sob a liderança de Ben Laden e do médico egípcio Ayman al-Zawahiri, envolvido no assassinato do presidente egípcio Anuar Sadat, em 1981. A rede Al Caeda é assim um detrito da Guerra Fria, um instrumento usado para combater a URSS que se volta contra os EUA. 

Quando os EUA mandam forças para a Arábia Saudita após a invasão do Kuwait pelo Iraque de Saddam Hussein, em agosto de 1990, com mulheres dirigindo caminhões no solo sagrado do Islã, os jihadistas encontram um novo inimigo, com quem já tinha diferenças pela questão de Israel e das intervenções militares ocidentais no Oriente Médio. 

Em 7 de agosto de 1998, dois atentados terroristas com caminhões-bomba contra as embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia matam 224 pessoas, entre elas 12 americanos. O presidente Bill Clinton retália. Manda bombardear uma companhia farmacêutica no Sudão e centros de treinamento da Caeda no Afeganistão, mas fica nisso. Não leva à frente as consequências de suas ações. 

GLOBALIZAÇÃO DO TERRORISMO 
A resposta fulminante vem em 11 de setembro de 2001, surpreende o mundo e muda a história. Ben Laden é considerado o homem que mais influenciou o mundo no início do século 21. Numa globalização do terrorismo, leva as guerras do Oriente Médio para dentro do território dos EUA. Nem ele esperava que as Torres Gêmeas desabassem, com a estrutura amolecida pelo fogo. 

O pior ataque da história ao território dos EUA matou 2.977 pessoas, mais do que as 2.403 mortes do bombardeio japonês a Pearl Harbor, no Havaí, em 7 de dezembro de 1941, que levou os EUA à Segunda Guerra Mundial (1939-45). O território continental dos EUA não era atacado desde a Batalha do Álamo, de 23 de fevereiro a 6 de março de 1836, um cerco de 13 dias do Exército do México sob o comando do presidente, general Antonio López de Santa Anna, que combatia a Revolução do Texas, em que todos os texanos morreram. E o Texas ainda não era parte dos EUA. Só adere em 1845.

Como o regime afegão se nega a entregar Ben Laden e Al Caeda, em 7 de outubro de 2001, começa a Guerra do Afeganistão com um bombardeio aéreo, a autorização do Conselho de Segurança da ONU e o apoio dos aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), com base no princípio de que um ataque contra um é um ataque contra todos. 

Três semanas depois, cai o regime extremista dos talebã. Os EUA e aliados chegam a cercar Ben Laden e a cúpula da rede terrorista nas cavernas do Nordeste do Afeganistão na Batalha de Tora Bora (Caverna Negra na língua pastó), de 6 a 17 de dezembro de 2001. Duzentos jihadistas morrem e 60 são presos. Ben Laden escapa pelas Montanhas Brancas e se refugia em regiões tribais do Paquistão, perto de Abotabade, onde é localizado e morto em 2 de maio de 2011. 

Depois da frustração em Tora Bora, o governo George W. Bush abandona o Afeganistão e muda o foco da “guerra contra o terror” (uma contradição, porque o terror é uma tática de guerra, não um inimigo) para a invasão do Iraque, que não tinha relação alguma com os atentados de 11 de setembro e se tornaria em novo celeiro de jihadistas. 

EIXO DO MAL 
Em 29 de janeiro de 2002, Bush faz no Congresso o Discurso sobre o Estado da União e fala num “eixo do mal” formado por Irã, Iraque e Coreia do Norte. Logo, manifesta a intenção de invadir o Iraque. Os outros países dois aceleram seus programas nucleares. Como observou o ministro da Defesa da Índia que explodiu a bomba atômica em maio de 1998, Jaswant Singh, para enfrentar os EUA é preciso ter armas nucleares. 

A invasão do Iraque divide a aliança militar ocidental. A França e a Alemanha estão prontas a votar contra no Conselho de Segurança da ONU, mas a questão não é colocada em votação. Ao alienar a minoria sunita, que estava no poder há séculos, desde que a região passou a ser dominada pelo Império Otomano no século 16, e dissolver as forças de segurança, os EUA jogaram na clandestinidade e no desemprego centenas de milhares de homens com formação militar, alguns armados, porque Saddam Hussein não enfrentou os EUA e os sunitas guardaram as armas. 

A revolta sunita é dominada pelo que viria a ser a rede Al Caeda no Iraque, que ataca o complexo da ONU em Bagdá em 19 de agosto de 2003 e mata 22 pessoas, inclusive o embaixador brasileiro Sérgio Vieira de Mello, enviado especial do secretário-geral da ONU ao país. Em 15 de outubro de 2006, Al Caeda no Iraque forma com outros grupos jihadistas o Estado Islâmico do Iraque. Em 2007, Bush envia reforço de tropas negligenciando ainda mais o Afeganistão. 

Se o objetivo maior era caçar Ben Laden, foi atingido em 2 de maio de 2011. O cemitério dos impérios vira uma pedra na bota imperial dos EUA, uma guerra sem fim numa terra estranha e desconhecida sem ameaça direta ao país. Os talebã sempre estiveram presentes e atacaram nos verões. 

GUERRAS SEM FIM 
As “guerras eternas” do Iraque e do Afeganistão deixam uma lição: não basta ganhar a guerra, é preciso conquistar a paz, construir ou reconstruir o Estado e a nação. Caso contrário, o esforço costuma ser inútil porque as causas do conflito continuam lá. 

Os governos-fantoches afegãos foram minados pela corrupção. As forças de segurança nunca foram capazes de defender o país. Nos últimos dias, abandonaram a luta. Os EUA e o fracasso Exército afegão deixaram armas, equipamentos e munições para o inimigo, que tem hoje 66 helicópteros de combate, mais do que a Austrália. 

Os EUA reconstruíram Estados e nações no Plano Marshall, quando investiram US$ 13 bilhões (US$ 114 bilhões de 2020) na recuperação da Europa Ocidental depois da Segunda Guerra Mundial (1939-45). Estavam preocupados com a influência da URSS na Guerra Fria. Era parte de uma nova guerra.

RENDIÇÃO E TRAIÇÃO 
Ao entregar o Afeganistão a quem o aterrorizava 20 anos atrás, o presidente Joe Biden comete seu primeiro grande erro de política externa. Trai a confiança de quem cooperou com os EUA e aliados todos estes anos, as mulheres, os LGBTs, as minorias étnicas e religiosas, os artistas e intelectuais... 

Há mais de 1,4 milhão de refugiados afegãos no Paquistão e 800 mil no Irã, e meio milhão de deslocados internamente. Estes números só tendem a aumentar. 

As cenas no aeroporto de Cabul, onde sete pessoas morreram, lembram a fuga desesperada da Embaixada Americana em Saigon, hoje Cidade de Ho Chi Minh, no fim da Guerra do Vietnã, em 30 de abril de 1975, são dantescas. Centenas de civis queriam parar um gigantesco avião dos EUA como se pudessem pegar uma carona, com alguns que se agarraram do lado de fora caindo logo depois da decolagem.  

Em entrevista nesta segunda-feira, o presidente Biden declarou que os EUA não estavam no Afeganistão para construir a nação. Era exatamente o que deveriam ter feito: derrotar os talebã e reconstruir o país arrasado por décadas de guerra. Se "a guerra é a continuação da política por outros meios", como definiu o estrategista alemão Carl von Clausewitz, quando acaba a guerra é necessária uma solução política. 

Os jihadistas costumam documentar suas atrocidades e podem começar a divulgar em breve os julgamentos sumários e execuções com base no direito corânico. São imagens que vão atormentar Biden e manchar seu governo, desmoralizar sua campanha de promoção da democracia e o suposto compromisso dos EUA com os direitos fundamentais do homem.

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