INÍCIO DA ESCRAVIDÃO NOS EUA
Em 1619, os primeiros escravos africanos são vendidos na colônia de Jamestown, na Virgínia, no início da escravidão no que hoje são os Estados Unidos. São mais de 20 angolanos capturados por traficantes de escravos portugueses atacados por piratas em busca de ouro. Quando os piratas viram que eram escravos, venderam aos colonos americanos.
A colônia de Jamestown, fundada em 1607 e batizada em homenagem ao rei Jaime I da Inglaterra e Jaime VI na Escócia, tem cerca de 700 habitantes em 1619.
Os escravos são capturados pelos traficantes portugueses nos reinos africanos do Kongo e de Ndongo e embarcados no navio San Juan Bautista, que os levaria a Veracruz, na colônia espanhola da Nova Espanha, hoje México.
Na travessia do Oceano Atlântico, cerca de 150 dos 350 escravos morreram. Dois navios piratas, o Leão Branco e o Tesoureiro, atacam o navio negreiro e tomam 60 escravos. O Leão Branco trocou-os por comida em Jamestown.
O tráfico de escravos capturou mais de 12 milhões de africanos. A maior parte (5 milhões) veio para o Brasil, outros 3 milhões para a região do Mar do Caribe e 400 mil para a América do Norte.
ASSASSINATO DE TROTSKY
Em 1940, o agente stalinista Jaime Ramón Mercader mata com uma picareta de alpinismo o líder revolucionário comunista Lev Davidovich Bronstein, mais conhecido como Leon Trotsky, na sua casa no exílio na Cidade do México.
Trotsky nasce na Ucrânia numa família judaica. Vira marxista na adolescência e larga a Universidade de Odessa para organizar o Sindicato dos Trabalhadores do Sul da Rússia. Em 1898, é preso por suas atividades políticas. Depois anos depois, é enviado para a Sibéria. Em 1902, foge usando um passaporte falso em nome de Leon Trotsky.
Ele volta à Rússia para participar da Revolução de 1905. É preso e enviado de novo à Sibéria. Em 1907, escapa mais uma vez. Em mais uma década no exílio, Trotsky vive na Suíça, na França, na Espanha e em Nova York antes de voltar à Rússia em 1917, depois que a Revolução de Fevereiro derruba a monarquia.
Como líder do Soviete de Petrogrado, Trotsky tem um papel decisivo na Revolução de Outubro, que leva os bolcheviques ao poder. Nomeado comissário de Relações Exteriores, negocia a paz de Brest-Litovsk com a Alemanha para tirar a Rússia da Primeira Guerra Mundial (1914-18).
Comissário do Povo para Assuntos Militares e Navais, cria e chefia o Exército Vermelho durante a guerra civil que se segue à Revolução Comunista. Também funda o Politburo do Comitê Central do Partido Comunista e se torna um de seus sete membros.
Depois da morte de Lenin, em janeiro de 1924, Trotsky perde a disputa pelo poder com Josef Stalin. Em 1925, deixa de ser comissário da Guerra e, em 1927, é afastado do Politburo. Expulso da União Soviética em fevereiro de 1929, torna-se o maior crítico do stalinismo até ser morto pelo comunista espanhol Ramón Mercader, um agente internacional do Comissariado do Povo para Assuntos Internos (NKVD), a polícia política da URSS no período stalinista.
INVASÃO DA TCHECO-ESLOVÁQUIA
Em 1968, 200 mil soldados e 5 mil tanques do Pacto de Varsóvia, a aliança militar liderada pela União Soviética, invadem a Tcheco-Eslováquia e acabam com a Primavera de Praga, uma tentativa do líder Alexander Dubcek de humanizar o regime comunista.
Os comunistas tomam o poder na Tcheco-Eslováquia em 1948, num golpe apoiado pelo ditador soviético Josef Stalin, e impõem um regime stalinista, padrão na Europa Oriental, ocupada pelo Exército Vermelho no fim da Segunda Guerra Mundial (1939-45).
A linha dura domina o país até os anos 1960, quando há uma liberalização do regime que atinge o auge sob Dubcek, eleito primeiro-secretário do Partido Comunista em 5 de janeiro de 1968. As tentativas de descentralizar a administração e a economia, e democratizar o regime desagradaram ao Kremlin.
Os tcheco-eslovacos protestam e resistem à invasão. Vários jovens se autoimolam e morrem queimados na luta pela liberdade, mas são impotentes contra os tanques soviéticos.
A Tcheco-Eslováquia permanece sob o controle da URSS até a queda do regime comunista na Revolução de Veludo, em novembro de 1989. Os tanques soviéticos só deixam o país em 1991, quando acaba a URSS.
No Divórcio de Veludo, em 1º de janeiro de 1993, o país se dividiu em República Tcheca e Eslováquia.
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