Uma ofensiva fulminante da milícia extremista Estado Islâmico do Iraque e do Levante contra dezenas de vilas do Nordeste da Síria provocou a a fuga para a Turquia de cem mil pessoas desde sexta-feira, informou hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados.
A ofensiva do grupo terrorista, uma dissidência da rede terrorista Al Caeda que anunciou a fundação de um califado em junho, levanta dúvidas sobre a estratégia do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para conter, degradar e destruir o EIIL, que se baseia no poderio aéreo sem enviar soldados americanos para a luta no solo.
Diante do fracasso do governo sírio em defender seu território, o combate aos jihadistas em terra está sendo feito por guerrilheiros curdos do braço sírio do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que os EUA consideram "um grupo terrorista". No Iraque, a luta cabe às precárias forças de segurança e aos peshmerga, guerrilheiros ligados ao governo autônomo do Curdistão iraquiano.
Os bombardeios aéreos não serão suficientes para derrotar o Estado Islâmico e as forças terrestres disponíveis não mostram capacidade militar para isso, enquanto os EUA se negam a coordenar suas operações aéreas com o Irã, a ditadura de Bachar Assad e a milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus), que estão enfrentando os jihadistas na Síria.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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Um comentário:
Assustador, daqui a pouco chegam à Turquia. De lá para o ocidente e o resto do oriente não deve demorar. Invasão bárbara no império americano. Grande guerra no horizonte.
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