Os tratamentos para o câncer na próstata baseados num grupo de esteroides chamados glucocorticoides podem ser úteis no combate inicial à doença, mas trazem risco de causar mutações genéticas que levam ao crescimento do tumor, concluíram pesquisas realizadas pelas maiores instituições anticâncer do Reino Unido, informa o jornal The Independent.
A principal instituição beneficente britânica de combate a este tipo de câncer, Prostate Cancer UK, quer ampliar a amostragem do estudo, realizado num pequeno grupo de homens. Aconselha aos pacientes que fazem tratamento com esteroides a não parar sem consultar um especialista.
Os pesquisadores do Instituto de Pesquisas do Câncer, do Hospital Real Marsden e da Universidade de Trento, na Itália, defendem a realização de exames de sangue rotineiramente para detectar até onde os esteroides são úteis e quando possam a ser efeito negativo.
Para o professor Paul Workman, diretor executivo do Instituto de Pesquisas do Câncer, a resistência aos medicamentos é "o maior desafio que enfrentamos no tratamento e pesquisa do câncer. Esta descoberta revela como alguns tratamentos contra o câncer podem permitir a sobrevivência das células cancerígenas mais agressivas."
Em vários pacientes, acrescenta o Independent, "o uso de esteroides coincide com a emergência destas mutações" e o progresso do câncer para formas mais avançadas e mais graves da doença. As conclusões da pesquisa foram relatadas na revista médica Science Translational Medicine.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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