As milícias curdas sírias pediram hoje ajuda a guerrilheiros curdos da
Turquia, depois que o Estado Islâmico tomou 21 vilas do Noroeste da
Síria em menos de 24 horas, aproximando-se da fronteira turca. Os curdos estão cercados em Kobane, na província síria de Alepo.
Um vídeo divulgado pelos curdos na Internet mostra milicianos das Unidade de Proteção Popular se defendendo com fuzis kalachnikov de um ataque de tanques do EIIL, noticia o jornal inglês Financial Times.
O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que historicamente trava uma luta contra a Turquia, convocou "os jovens do Norte do Curdistão", numa referência às áreas de maioria curda na Turquia "a se juntar à resistência histórica e honorável em Kobane".
Desde o sequestro de 46 turcos no Consulado da Turquia em Mossul, o governo turco adota uma postura cautelosa em relação ao Estado Islâmico para preservar a vida de seus diplomatas. Um massacre de curdos em Kobane poderia deflagrar uma reação violenta, capaz de abalar as negociações de paz governo Recep Tayyip Erdogan com o PKK.
Depois da ameaça de genocídio da minoria curda yazidi, Kobane é agora o alvo da fúria assassina da "guerra santa" do EIIL.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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Um comentário:
Que tristeza. Alepo é de onde veio a minha família por parte de mãe, meu bisavô, Avraham Douek foi grão-rabino de Alepo. Coitados dos curdos um povo tão sofrido.
A Turquia vai ter que entrar nesta. A situação se deteriora a cada dia.
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