A Turquia vai autorizar o Exército a conduzir operações além de suas fronteiras, na Síria, revelou hoje o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu, informou o jornal turco Hurriyet. Os militares passam a ter autonomia para agir quando julgarem necessário.
O primeiro-ministro negou estar cedendo a pressões dos Estados Unidos, que desde ontem bombardeiam posições do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) e do grupo Khorassan, ligado à rede terrorista Al Caeda, na Síria. O secretário de Estado americano, John Kerry, cobrou um papel mais ativo da Turquia na guerra contra o terrorismo do governo Barack Obama.
Quando tomou Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, no início de junho, o Estado Islâmico tomou o Consulado da Turquia, seus diplomatas e demais funcionários. Eles foram libertados na semana passada. Não ficou claro se houve pagamento de resgate, provavelmente sim.
Enquanto havia reféns turcos, o governo da Turquia os usava como desculpa para não entrar na luta contra o Estado Islâmico. Agora, resolveu agir.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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Um comentário:
A Turquia é a porta de entrada para a Europa. Ao que parece, estamos assistindo a uma versão sec. XXI das invasões bárbaras.
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