A Superintendência Nacional para a Defesa dos Direitos Socioeconômicos da Venezuela aprovou novos aumentos nos preços oficiais de leite, café, arroz, milho branco e amarelo. O país enfrenta a pior inflação do mundo, acima de 60% ao ano, e uma crise de desabastecimento.
O litro de leite fresco na granja subiu 279%, de 3,60 para 13,65 bolívares. O leite pasteurizado em embalagens de 200 mililitros passou de 1,45 para 4,58 bolívares, uma alta de 215,8%. Na embalagem de 400 ml, o aumento foi de 213%. Na quantidade mais procurada, 900 ml, houve um reajuste de 172,7%, de 6,60 para 18 bolívares.
Apesar dos níveis elevados de aumento, a indústria de leite e laticínios afirma que os preços ainda estão muito abaixo dos custos reais. O leite estaria sendo vendido no curral a 25 bolívares o litro e o pasteurizado em embalagem de 900 ml, pelos cálculos dos produtores, deveria estar em 37 bolívares, pouco mais do dobro do novo limite.
O milho branco subiu 218,8%; o arroz, 244%; e o café, 69,3% para os produtores.
Para agravar a situação, o preço médio do petróleo vendido pela Venezuela caiu na semana que terminou em 19 de setembro de 2014 para US$ 88,39 por barril, US$ 1,80 abaixo da semana anterior, a menor cotação em três anos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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