A Arábia Saudita está erguendo uma cerca ao longo de sua fronteira com o Iraque para manter à distância contrabandistas e ameaças à segurança nacional, declarou o sultão Abdala Abdulaziz al-Saud, citado por agências de notícias internacionais.
O projeto prevê a construção a construção de oito centros de comando e 32 centros de reação rápida onde serão estacionados três esquadrões de reação rápida.
Uma das maiores preocupações da monarquia saudita é a ofensiva do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que proclamou no fim de junho a fundação de um califado nas terras que tomou na Síria e no Iraque. O EIIL segue a interpretação puritana do islamismo adotada na Arábia Saudita, o wahabismo, só que com uma orientação muito mais radical.
Quando a Arábia Saudita se tornou um país, em 1932, o sultão Abdulaziz al-Saud teve de conter essa tendência mais radical que queria converter os infiéis do resto do mundo com sua "guerra santa". É a corrente que levou a Ossama ben Laden e à rede terrorista Al Caeda. O Estado Islâmico é uma dissidência d'al Caeda.
Depois de anos de rivalidade no Oriente Médio e de travar guerras indiretas em conflitos entre sunitas e xiitas, a Arábia Saudita e o Irã voltaram a dialogar por causa do Estado Islâmico, o mais violento e poderoso grupo jihadista de que se tem notícia, inimigo das potências regionais ao se apresentar como único representante legítimo dos muçulmanos do mundo inteiro.
2 comentários:
Você tem razão, agora eles estão começando a sentir os efeitos do veneno que andaram financiando e espalhando durante anos.
Toda esta polarização, o norte da África e o oriente médio conflagrados me parecem como o início de uma III Guerra Mundial
Só haverá risco de Terceira Guerra Mundial se o conflito com a Rússia se ampliar além da Ucrânia. No Oriente Médio, a ordem pós-Primeira Guerra Mundial está entrando em colapso, mas são conflitos regionais.
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