Diante de pesquisas que indicam a vitória do sim no referendo sobre a independência da Escócia, marcado para 18 de setembro de 2014, o Reino Unido está disposto a dar mais autonomia em matérias como impostos, gastos governamentais e políticas sociais, declarou hoje o chanceler do Erário (ministro das Finanças), George Osborne, noticiou a agência Bloomberg.
A última pesquisa aponta uma vitória do movimento nacionalista escocês por 51% a 49%, informa o jornal The Guardian, apesar das advertências para os riscos econômicos decorrentes do divórcio. Sem moeda própria, a Escócia passaria por uma transição arriscada, teria de iniciar do zero uma negociação para aderir à União Europeia e perderia as vantagens da integração à economia britânica.
Por outro lado, o eleitorado escocês costuma votar mais à esquerda do que o eleitorado britânico como um todo. Dos 59 representantes da Escócia na Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico, só um é do Partido Conservador.
Nas últimas semanas, o Partido Nacional Escocês defendeu a independência como uma maneira de evitar que a Escócia seja governada por ingleses conservadores como o primeiro-ministro David Cameron.
"Temos dez dias para salvar a União", alertou hoje o jornalista Will Hutton em artigo no jornal The Observer. Ele defende a federalização do país.
A Inglaterra, a Escócia e o País de Gales formam o Reino Unido desde o Ato de União de 1707.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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