domingo, 7 de setembro de 2014

Londres oferece mais autonomia à Escócia

Diante de pesquisas que indicam a vitória do sim no referendo sobre a independência da Escócia, marcado para 18 de setembro de 2014, o Reino Unido está disposto a dar mais autonomia em matérias como impostos, gastos governamentais e políticas sociais, declarou hoje o chanceler do Erário (ministro das Finanças), George Osborne, noticiou a agência Bloomberg.

A última pesquisa aponta uma vitória do movimento nacionalista escocês por 51% a 49%, informa o jornal The Guardian, apesar das advertências para os riscos econômicos decorrentes do divórcio. Sem moeda própria, a Escócia passaria por uma transição arriscada, teria de iniciar do zero uma negociação para aderir à União Europeia e perderia as vantagens da integração à economia britânica.

Por outro lado, o eleitorado escocês costuma votar mais à esquerda do que o eleitorado britânico como um todo. Dos 59 representantes da Escócia na Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico, só um é do Partido Conservador.

Nas últimas semanas, o Partido Nacional Escocês defendeu a independência como uma maneira de evitar que a Escócia seja governada por ingleses conservadores como o primeiro-ministro David Cameron.

"Temos dez dias para salvar a União", alertou hoje o jornalista Will Hutton em artigo no jornal The Observer. Ele defende a federalização do país.

A Inglaterra, a Escócia e o País de Gales formam o Reino Unido desde o Ato de União de 1707.

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