Sob pressão do Egito, dos Estados Unidos e da Arábia Saudita, o emirado do Catar deu ontem dez dias de prazo para sete líderes da Irmandade Muçulmana deixarem o país. Eles prometeram sair sem problemas.
O atual governo egípcio é resultado do golpe militar que derrubou, em 3 de julho de 2013, o presidente Mohamed Mursi, da Irmandade, o mais antigo grupo fundamentalista muçulmano, fundado em 1928 por Hassan al-Bana para combater a influência ocidental.
Ainda não está claro o que vai acontecer com o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), principal partido islamita palestino. O dirigente supremo do Hamas, Khaled Mechal, vivia exilado na Síria sob a proteção da ditadura de Bachar Assad.
Quando estourou a guerra civil na Síria, em 2011, a Irmandade ficou ao lado dos rebeldes sunitas, que lutam contra o regime de Assad, dominado pela minoria alauíta, um dos ramos do xiismo. Mechal e a liderança do Hamas foram então para o Catar, que está sendo acusado de apoiar e financiar grupos extremistas muçulmanos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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