Depois de meses de acusações mútuas e de uma recontagem nos votos da eleição presidencial, os dois candidatos que disputaram o segundo, Abdullah Abdullah e Achraf Ghani, anunciaram um acordo para formar um governo de união nacional no Afeganistão. Achraf Ghani foi declarado presidente eleito pela Comissão Nacional Eleitoral. Abdullah vai indicar o primeiro-ministro.
O maior desafio do novo governo será manter o controle do país depois da retirada das forças internacionais lideradas pelos Estados Unidos que invadiram o Afeganistão em outubro de 2001 em resposta aos atentados de 11 de setembro de 2001 contra Nova York e o Pentágono, sede do Departamento da Defesa. Na época, o país era governado pela milícia fundamentalista dos Talebã e lá ficavam as bases da rede terrorista Al Caeda.
Acabar com a Guerra do Afeganistão, que já é a mais longa da história dos EUA, é uma das promessas de campanha do presidente Barack Obama de 2008. A partir de 2015, devem ficar no país menos de 10 mil soldados americanos para treinar e assessorar as forças de segurança afegãs, sem entrar em combate.
Com a ofensiva do Estado Islâmico nas regiões sunitas e curdas do Iraque, há um debate nos EUA sobre a conveniência de manter uma contingente maior no Afeganistão.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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