Depois de dias de luta e da demissão do primeiro-ministro Mohamed Bassindua, o presidente Abed Rabbo Mansur Hadi e os rebeldes xiitas do grupo huti assinaram um acordo de paz para pôr fim à guerra civil no país, anunciou a televisão árabe Al Jazira.
Durante os combates, os rebeldes xiitas apoiados pelo Irã e a milícia fundamentalista libanesa Hesbolá (Partido de Deus) tomaram vários prédios públicos, inclusive uma emissora de rádio na capital, Saná, e um grande quartel ao norte da cidade.
Assim, a guerra civil no Iêmen se insere no conflito maior entre sunitas e xiitas no Oriente Médio, a exemplo do que acontece na Síria e no Iraque. Foi neste clima de intolerância e violência que surgiu o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), uma dissidência da rede terrorista Al Caeda que proclamou um Califado em junho e acaba de conquistar várias aldeias curdas do Norte de Síria.
Nos últimos dias, mais de 45 mil curdos sírios pediram refúgio na Turquia. A fronteira turca com a Síria agora é com o Califado. O acordo de paz no Iêmen é apenas uma tênue esperança.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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