Se a Escócia votar pela independência no plebiscito convocado para 18 de setembro de 2014, o Royal Bank of Scotland vai mudar sua matriz para a Inglaterra. É mais uma tentativa de convencer os escoceses de que têm mais a perder com a separação. Várias empresas transferiram seu dinheiro para a Inglaterra nos últimos dias.
Ontem, os líderes dos três maiores partidos no Parlamento Britânico, o primeiro-ministro conservador David Cameron, o vice-primeiroministro liberal-democrata Nick Clegg e o líder da oposição trabalhista, Ed Miliband, foram à Escócia num apelo conjunto em apoio à campanha do não. O primeiro-ministro escocês, Alex Salmond, líder da campanha do sim, ridicularizou a iniciativa como um gesto de desespero.
Desde o Ato de União de 1707, a Escócia faz parte do Reino Unido. O fundo azul da bandeira da Grã-Bretanha vem da Escócia. Pode ser a penúltima descolonização do Império Britânico. Restará o País de Gales, além de algumas ilhotas perdidas pelo mundo como as Malvinas, reivindicadas pela Argentina.
O governo britânico adverte que uma Escócia independente não será beneficiada por uma união monetária para continuar usando a libra esterlina como moeda. O movimento nacionalista garante que o petróleo do Mar do Norte será suficiente para dar aos escoceses um nível de vida melhor do que eles têm hoje pertencendo à União.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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