Com 524 votos a favor e 43 contra, a Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico acaba de aprovar a participação do Reino Unido na aliança liderada pelos Estados Unidos na guerra contra a milícia extremista Estado Islâmico do Iraque e do Levante no Iraque. Para atacar na Síria, será necessária nova votação.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, tenta assim reconstruir a parceria estratégica com os EUA, abalada no ano passado, quando o Parlamento não autorizou o governo a bombardear a Síria em retaliação pelo uso de armas químicas pela ditadura de Bachar Assad na guerra civil do país.
A rejeição à invasão do Iraque em 2003, que custou a chefia do governo ao primeiro-ministro Tony Blair, consolidou uma forte opinião pública contrária à guerra. Com a degola de um cidadão britânico pelo Estado Islâmico e a ameaça a outros, houve uma mudança.
Do lado de fora do Palácio de Westminster, uma manifestação reafirmava o repúdio à participação britânica em mais uma guerra no Oriente Médio. Não foi suficiente.
Seis caças-bombardeiros Tornado GR4 da Força Aérea Real estão de prontidão numa base aérea em Chipre. A Bélgica também vai participar dos ataques aéreos, com seis caças-bombardeiros F-16. A Holanda vai enviar outros seis F-16s e a Dinamarca mais sete.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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