Depois de mandar o Exército sair às ruas de Bagdá, o primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, rejeitou hoje a nomeação de um novo chefe de governo, o vice-presidente do Parlamento, Haider al-Abadi, para substituí-lo, numa tentativa de golpe militar capaz de agravar ainda mais a trágica situação do país.
Ao colocar os tanques nas ruas da capital, Maliki se revelou um autocrata sem escrúpulos. O vice-presidente americano Joe Biden cumprimentou Abadi por telefone e advertiu Maliki a não atrapalhar a transição neste momento em que o Norte do Iraque é atacado pelos extremistas muçulmanos do Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
À tarde, um tribunal federal iraquiano declarou que a coligação Estado de Direito, favorável a Maliki, pode ignorar o presidente Fuad Massum e formar seu próprio governo, acirrando ainda mais a crise.
Agorta há pouco, o presidente Barack Obama declarou que os EUA vão continuar cooperando com as forças curdas que tentam defender Erbil, a capital do Curdistão e impedir o genocídio de minoria curda yázidi. Cerca de 50 mil pessoas, talvez 70 mil, estão isoladas no alto das montanhas e ameaçadas pela milícia extremista muçulmana Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, e professor de pós-graduação nas Faculdades Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
Primeiro-ministro do Iraque rejeita demissão
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