Os dirigentes africanos que participam de 4 a 6 de agosto de 2014, em Washington, da conferência de Cúpula dos Líderes dos Estados Unidos e da África pediram ontem ao presidente Barack Obama a extensão de um programa que isenta certas importações de impostos para entrar no mercado americano.
"Perto de 95% das exportações sul-africanas para os EUA se beneficiam do regime de preferências", observou o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, em reunião na Câmara Americana de Comércio.
A Lei de Oportunidades de Crescimento na África, de 2000, expira em 2015. "Estamos certos de que, ao aprovar uma extensão da lei, os EUA apoiarão a integração, a industrialização e o desenvolvimento da infraestrutura no continente", acrescentou Zuma.
Filho de pai queniano, o presidente Barack Obama afirmou: "Não vejo os povos e países da África como um mundo à parte. Vejo a África como uma parte fundamental do nosso mundo interconectado - um parceiro dos EUA em prol do futuro que todos desejamos para todos os nossos. Esta parceria deve estar baseada na responsabilidade e no respeito mútuos."
Uma das maiores preocupações dos EUA é consolidar sua presença na África diante do rápido avanço dos interesses da China, ávida pelas matérias-primas do continente.
Em seu discurso, Obama observou que o volume de comércio dos EUA com toda a África é equivalente ao comércio do país com o Brasil, de pouco mais de US$ 60 bilhões no ano passado.
Para contrabalançar o impacto da Cúpula EUA-África, o presidente chinês, Xi Jinping, propôs hoje que as duas maiores economias do mundo se associem para desenvolver projetos de infraestrutura no continente africano.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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