O dirigente máximo do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), Khaled Mechal, exilado no Catar, admitiu ontem que o braço armado do grupo foi responsável pelo sequestro e morte de três adolescentes israelenses em junho de 2014, que provocou a guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.
Quando as mortes foram reveladas, no fim de julho, o governo linha-dura de Israel prendeu mais de 500 militantes do Hamas, que respondeu disparando foguetes contra o território israelense. Em 8 de agosto, Israel iniciou a Operação Margem Protetora.
Depois de várias tréguas temporárias violadas, foi impossível chegar a um cessar-fogo definitivo. Na sexta-feira, o Hamas disparou mais de 60 foguetes contra Israel, matando um menino. Já morreram 68 palestinos e mais de 2.090 palestinos. Neste sábado, Israel bombardeou Gaza 15 vezes.
No início da guerra, a revista inglesa The Economist alegou não haver provas para incriminar o Hamas coletivamente, mesmo que seus militantes tivessem envolvimento com o sequestro dos meninos. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aproveitou o caso para atacar o Hamas, o acordo de união nacional palestino e o processo de paz. Agora, o Hamas confessa sua culpa.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário