sábado, 23 de agosto de 2014

Hamas admite culpa pelas mortes de meninos

O dirigente máximo do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), Khaled Mechal, exilado no Catar, admitiu ontem que o braço armado do grupo foi responsável pelo sequestro e morte de três adolescentes israelenses em junho de 2014, que provocou a guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza.

Quando as mortes foram reveladas, no fim de julho, o governo linha-dura de Israel prendeu mais de 500 militantes do Hamas, que respondeu disparando foguetes contra o território israelense. Em 8 de agosto, Israel iniciou a Operação Margem Protetora.

Depois de várias tréguas temporárias violadas, foi impossível chegar a um cessar-fogo definitivo. Na sexta-feira, o Hamas disparou mais de 60 foguetes contra Israel, matando um menino. Já morreram 68 palestinos e mais de 2.090 palestinos. Neste sábado, Israel bombardeou Gaza 15 vezes.

No início da guerra, a revista inglesa The Economist alegou não haver provas para incriminar o Hamas coletivamente, mesmo que seus militantes tivessem envolvimento com o sequestro dos meninos. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aproveitou o caso para atacar o Hamas, o acordo de união nacional palestino e o processo de paz. Agora, o Hamas confessa sua culpa.

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