A Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia (UE), deu sinal verde ontem à noite para o Banco de Portugal intervir no Banco do Espírito Santo, o maior banco privado do país. A meta é evitar o contágio do sistema financeiro português, capaz de abalar a recuperação da crise das dívidas públicas de países da periferia da Zona do Euro.
Ao anunciar no início de julho um prejuízo de 3,57 bilhões de euros no primeiro semestre de 2014, o BES semeou pânico e instabilidade, ressuscitando o fantasma da crise na Eurozona. Depois de rejeitar o resgate no primeiro momento, o governo português decidiu reinflar o BES com 4,9 bilhões de euros.
O dinheiro sairá dos 12 bilhões de euros destinados a salvar bancos no acordo feito por Portugal para receber uma ajuda de emergência da UE, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu (BCE) no total de 78 bilhões de euros. Do pacote de ajuda aos bancos, restam 6,4 bilhões de euros.
Com a intervenção, a exemplo do que foi feito com alguns bancos brasileiros no início do Plano Real, o BES será dividido em dois. O Novo Banco, controlado pelo governo, ficará com os ativos, enquanto o antigo ficará com os prejuízos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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