A polícia da China matou 59 supostos extremistas muçulmanos e 37 civis na semana passada em conflitos na província de Xinjiang, no Nordeste do país, revelou hoje a agência oficial de notícias Nova China, depois de uma reunião de alto nível do Partido Comunista para discutir o conflito.
Pouco antes do amanhecer de 28 de julho de 2014, em uma série de ataques coordenados, os militantes atacaram civis, automóveis e prédios públicos em duas cidades da província, onde extremistas muçulmanos da minoria étnica uigur lutam pela independência do Turquestão Oriental.
O governo chinês descreveu os ataques como "terrorismo" e os atribuiu a "intervenção estrangeira". A reportagem afirma que os rebeldes do Movimento pela Libertação do Turquestão Oriental abriram faixas e cartazes declarando uma "guerra santa" (jihad). Eles fecharam cruzamentos e atacaram civis que não quiseram aderir à manifestação por medo da repressão das autoridades chinesas.
Como no Tibete, os uigures acusam o regime comunista chinês de adotar políticas de assimilação cultural, com migrações forçadas de chineses da maioria hã para destruir a cultura local e eliminar dissidências.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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