A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, é alvo de uma investigação criminal por negligência num escândalo de corrupção do tempo em que era ministra das Finanças da França, no governo Nicolas Sarkozy.
É a quarta vez que Lagarde é intimida a depor. Ela alega que a acusação não tem base e promete recorrer a um tribunal superior.
O inquérito examina um acordo de arbitragem que beneficiou o empresário Bernard Tapie. Em 2008, ele ganhou 400 milhões de euros, sendo 45 milhões por "danos morais", para encerrar uma disputa com o banco Crédit Lyonnais relativa à venda da empresa de equipamentos esportivos Adidas.
Agora, a Justiça da França quer esclarecer se a decisão foi um "simulacro" de arbitragem arranjado pelo governo da época para beneficiar um dos grandes patrocinadores da campanha presidencial de Sarkozy, que governou o país de 2007 a 2012.
Em 2011, Lagarde substituiu na direção do FMI outro francês, Dominique Strauss-Kahn, que pediu demissão em meio a um escândalo sexual, depois de ser acusado de atacar uma camareira num hotel de Nova York, alegação que se mostrou falsa, mas foi suficiente para enterrar sua candidatura à Presidência da França pelo Partido Socialista.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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