Depois de encontro do vice-presidente Mike Pence e do secretário de Estado americano, Mike Pompeo, com o ditador Recep Tayyip Erdogan, os Estados Unidos e a Turquia anunciaram um cessar-fogo no Nordeste da Síria.
O Exército da Turquia deve suspender a ofensiva por seis dias para permitir o recuo das Forças Democráticas Sírias (FDS), uma milícia árabe-curda de maioria curda, para além de uma zona de segurança junto à fronteira turca.
Quando a invasão for suspensa, os EUA levantam as sanções impostas à Turquia. O acordo visa a evitar uma deterioração nas relações entre estes dois países, aliados na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar liderada pelos EUA.
Um recuo organizado das FDS reduz o risco de fuga dos milicianos do Estado Islâmico presos durante a guerra para acabar com o califado fundado pelo grupo terrorista. As FDS foram a força terrestre na guerra dos EUA e aliados contra o Estado Islâmico.
Há oito dias, com o aval do presidente Donald Trump, que retirou os soldados americanos da fronteira, a Turquia invadiu o Nordeste da Síria para atacar os curdos sírios, temendo que se aliassem aos curdos do Iraque para proclamar a independência do Curdistão e reivindicar a soberania sobre o Sudeste da Turquia, onde os curdos são maioria.
A intempestiva retirada americana abriu espaço para os Exércitos da Síria e da Rússia, e milícias xiitas ligadas ao Irã, ocuparem o Nordeste da Síria, cedendo espaço sem contrapartida para três inimigos dos EUA.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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