Um ataque aéreo atingiu ontem um campo de refugiados na Síria perto da fronteira com a Turquia. Cerca de 30 pessoas morreram, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não governamental que monitora a guerra civil no país, citada pela agência Reuters.
A maioria dos refugiados tinha saído de Alepo e Palmira. Esta última estava em poder do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, mas foi retomada pelas forças da ditadura de Bachar Assad. Alepo é cenário da batalha mais violenta da guerra neste momento.
Os Estados Unidos condenaram o ataque dizendo não haver justificativa para bombardear um campo de refugiados. Um homem enfurecido gritava em reportagem da televisão britânica BBC: "Onde está o resto do mundo? Onde está a comunidade internacional? Esta é o regime de Assad."
Em mensagem enviada ontem ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, o ditador sírio agradeceu o apoio e prometeu uma vitória militar completa para acabar com o conflito. Desde 30 de setembro de 2015, a Força Aérea da Rússia intervém na Síria em defesa do regime.
Para demonstrar um compromisso de longo prazo, uma orquestra de música clássica russa fez um concerto nas ruínas de Palmira, parcialmente destruídas pelo Estado Islâmico. Tocou composições do alemão Johann Sebastian Bach e do russo Serguei Prokofiev.
Apesar da ameaça de Assad, um cessar-fogo de 48 horas parece estar sendo respeito, com violações esporádicas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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