A polícia da República Democrática do Congo entrou em choque hoje na capital, Kinshasa, e na cidade de Goma, no Leste do país, onde a polícia usou gás lacrimogênio, uma policial apedrejada e um manifestante morreram.
Os manifestantes protestavam contra a intenção do presidente Joseph Kabila de continuar no poder depois do fim de seu segundo mandato, em dezembro de 2016, noticiou a televisão pública britânica BBC.
Kabila apela para todos os meios para ficar no cargo. Tenta aprovar uma reforma constitucional para acabar com os limites à reeleição presidencial. Neste mês, obteve uma decisão favorável do Supremo Tribunal do Congo para continuar governando se não houver eleições.
Para colaborar com suas intenções, a Comissão Nacional Eleitoral divulgou estudo sobre os problemas logísticos e orçamentários para organizar as eleições previstas para novembro de 2016.
Joseph Kabila herdou o poder de seu pai, Laurent Kabila, um veterano guerrilheiro que lutou ao lado de Ernesto Che Guevara no Congo nos anos 1960s.
Em 1997, depois de ficar 30 anos refugiado nas Montanhas da Lua, no Centro da África, Laurent Kabila marchou sobre Kinshasa e derrubou o ditador Joseph Mobutu, envolvido no assassinato em 1961 do líder da independência do Congo, Patrice Lumumba, um dos grandes heróis da luta anticolonialista no continente.
Mobutu estava no poder desde 1965 e tinha mudado o nome do país para Zaire. Kabila restaurou o antigo nome acrescentando a expressão "república democrática", usada pelos regimes comunistas durante a Guerra Fria.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
quinta-feira, 26 de maio de 2016
Protesto contra presidente do Congo tem dois mortos
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