terça-feira, 10 de maio de 2016

Panamá aceita fim do sigilo bancário em 2018

NOVA YORK - Sob intensa pressão internacional desde a revelação de um gigantesco esquema de ocultação de riqueza no escândalo dos Papéis do Panamá, este país da América Central concordou em fornecer informações bancárias de maneira automática a autoridades de outros países.

O Panamá se engaja assim nas negociações da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico, um clube de países ricos, para sair da lista negra dos paraísos fiscais onde os ricos, criminosos e corruptos guardam seu dinheiro para não pagar impostos e escapar da polícia.

No fim de semana, uma reportagem do jornal esquerdista britânico The Guardian revelou que existem hoje em paraísos fiscais depósitos suspeitos de US$ 12 trilhões vindos de países em desenvolvimento.

A pesquisa do professor James Henry, da Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos, mostra que até 2014 US$ 1,3 trilhão saíram da Rússia para paraísos fiscais. Cidadãos da China têm ao menos US$ 1,2 trilhão depositados longe da fiscalização das autoridades, inclusive em Hong Kong e Macau.

O Brasil, a Argentina, Angola, a Nigéria, a Indonésia, a Malásia e a Tailândia também figuram no topo da lista de países em desenvolvimento corruptos.

Em conversa com a rainha Elizabeth II, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, admitiu que muitos países que participarão de uma conferência internacional anticorrupção estão "entre os mais corruptos do mundo". Esqueceu de dizer que a maioria em ilhas do Império Britânico.

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