Nas últimas 24 horas, os rebeldes apoiados pela Rússia mataram cinco soldados do Exército da Ucrânia e feriram outros quatro nas províncias separatistas do Leste do país, afirmou um porta-voz militar ucraniano citado pela agência Reuters. Outros sete soldados da Ucrânia haviam sido mortos em 24 de maio.
O atual foco dos combates é cidade de Avdiikva, controlada pelo governo, que fica ao norte da cidade de Donetsk, dominada pelos rebeldes. Eles usaram armas leves e artilharia pesada, inclusive mosteiros.
A Rússia fomentou uma rebelião na Ucrânia depois da revolução da Praça Maidan, em Kiev. Uma onda de protestos de novembro de 2013 a fevereiro de 2014 derrubou o presidente Viktor Yanukovich, que sob pressão do Kremlin, havia rejeitado um acordo de associação com a União Europeia.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, denunciou um golpe de Estado e anexou em 17 de março de 2014 a península da Crimeia, uma região da Ucrânia de maioria russa onde fica a base naval da Frota do Mar Negro, que forneceu os soldados necessários.
Em abril daquele ano, começou a rebelião da população étnica e linguisticamente russa do Leste da Ucrânia. Um cessar-fogo anunciado em fevereiro de 2015 reduziu as hostilidades, mas não acabou com a guerra civil que causou mais de 7 mil mortes desde abril de 2014.
O reinício dos combates acontece no momento em que a UE decide se mantém as sanções econômicas impostas à Rússia junto com os EUA em resposta contra a intervenção militar russa na ex-república soviética da Ucrânia, que Moscou considera sua área de influência.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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