Uma onda de atentados a bomba reivindicados pela milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante matou mais de cem pessoas nas cidades de Jableh e Tartus, no litoral da Síria, tradicionais redutos do regime presidido por Bachar Assad, informou a Agência France Presse (AFP) citando como fonte o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
Sete bombas explodiram nas cidades onde a minoria alauíta, ligada à ditadura de Assad, é maioria e que até agora tinham sido poupadas da guerra civil da Síria.
Em Tartus, one a Rússia tem sua única base naval no Mar Mediterrâneo, os terroristas atacaram uma estação rodoviária matando cerca de 50 pessoas. Também foi um ataque à intervenção militar russa na guerra civil síria, iniciada em 30 de setembro de 2015.
Quase ao mesmo tempo outras bombas mataram 73 pessoas numa estação rodoviária e num hospital de Jableh, uma cidade histórica que foi parte do Principado de Antioquia, um dos reinos cruzados, até ser capturada pelo sultão Saladino na Terceira Cruzada, em 1189.
Depois de anos de um conflito desastroso com total de mortos estimado entre 250 e 400 mil, os alauítas de Tartus sentem a violência da guerra civil síria. Sob pressão cada vez maior nos campos de batalha do Oriente Médio, o Estado Islâmico recorre cada vez mais ao terrorismo para resistir.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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