O presidente Barack Obama vai visitar Hiroxima na sua próxima visita ao Japão, tornando-se o primeiro chefe de Estado americano a ir à cidade onde os Estados Unidos jogaram a primeira bomba atômica da história, em 6 de agosto de 1945, no fim da Segunda Guerra Mundial, matando 140 mil pessoas, anunciou hoje a Casa Branca, citada pelo jornal The New York Times.
Assessores do presidente disseram que a visita, marcada para 27 de maio, confirma seu compromisso de lutar por um mundo sem armas nucleares: "Ele não vai revisar a decisão de usar a bomba atômica no fim da Segunda Guerra Mundial", afirmou Benjamin Rhodes, assessor adjunto de Segurança Nacional dos EUA para comunicação estratégica.
Mas não dá para acreditar num mundo sem armas nucleares em futuro próximo. Com uma arma tão terrível, acabaram as guerras entre as grandes potências mundiais. O equilíbrio do terror nuclear significava destruição mutuamente assegurada.
Por mais contraditório que possa parecer, as armas nucleares tornaram as guerras mundiais obsoletas ou suicidas. Na visão do estrategista alemão Carl von Clausewitz, a guerra é a continuação da política por outros meios, sempre tem objetivos políticos, conquista de território, recursos naturais ou simplesmente obrigar o inimigo a fazer o que o outro lado quer.
Com a terra arrasada no fim de um conflito nuclear, qual o sentido político de conquistar um território devastado e radioativo?
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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