A milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante matou hoje um soldado americano da tropa de elite da Marinha Seals, a mesma que matou Ossama ben Laden. Ele apoiava guerrilheiros curdos em Mossul, a segunda maior cidade iraquiana, revelou o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Ash Carter, durante visita a Stuttgart, na Alemanha.
"Foi uma morte em combate", declarou o chefe do Pentágono. O soldado, cuja identidade só será anunciada depois do aviso à família, foi atingido diretamente pelo fogo inimigo às 9h30 pela hora local (1h30 em Brasília) a cerca de 30 quilômetros ao norte de Mossul, quando o Estado Islâmico rompeu as linhas avançadas dos peshmerga. Esses guerrilheiros curdos são a principal forte terrestre na guerra contra o EI.
A Força Aérea dos EUA fez 23 ataques aéreos para ajudar os curdos a resistir aos jihadistas.
É o terceiro soldado americano morto em combate pelo Estado Islâmico desde que o presidente Barack Obama declarou guerra a esta organização terrorista, em setembro de 2014. No fim de março, um fuzileiro naval foi atingido por um foguete do EI numa base perto de Mossul. Em outubro de 2015, um comando da Força Delta de operações especiais morreu num ataque a uma prisão do Estado Islâmico perto da cidade de Kirkuk.
A morte coloca em questão mais uma vez a estratégia gradualista do presidente Barack Obama, que aumenta aos poucos o continente de soldados dos EUA na guerra contra o Estado Islâmico no Iraque. Há hoje mais de 4 mil militares americanos no país.
Obama prometeu acabar com a guerra na campanha de 2008 e afirma que não enviou soldados para combates em terra. A realidade o desmente.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
terça-feira, 3 de maio de 2016
Estado Islâmico mata soldado dos EUA no Iraque
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