A eleição presidencial de 2017 na França será realizada nos dias 23 de abril e 7 de maio, anunciou hoje o porta-voz do governo, Stéphane Le Foll. As eleições para a Assembleia Nacional serão em 11 e 18 de junho, e para o Senado em 24 de setembro.
Até o fim do ano, o presidente François Hollande deve decidir se será candidato à reeleição pelo Partido Socialista. Suas chances dependem da retomada do crescimento econômico e da queda do desemprego, que deram sinais positivos no início do ano.
Extremamente impopular, Hollande melhorou nas pesquisas com a reação aos atentados terroristas, mas em longo prazo é a direita que ganha com o aumento do medo e a insegurança.
O candidato mais popular do PS é o ministro da Economia, Emmanuel Macron, considerado liberal demais pela velha guarda socialista. Se Hollande não concorrer, o primeiro-ministro Manuel Valls será candidatíssimo.
Na extrema direita, Marine Le Pen lançou sua candidatura pela neofascista Frente Nacional em 8 de fevereiro prometendo tirar a França da Zona do Euro e da União Europeia. Ela confia em repetir os resultados das eleições europeias de 2014 e as regionais de 2015, quando a ultradireita recebeu 25% dos votos.
Em 2012, na última eleição presidencial, Marine obteve 18,5% dos votos no primeiro turno, superando a votação de seu pai e hoje desafeto, Jean-Marie Le Pen, fundador do partido, que com 17,8% derrotou o então primeiro-ministro socialista Lionel Jospin em 21 de abril de 2002 e chegou ao segundo turno, quando perdeu para o presidente Jacques Chirac. O PS teme um novo 21 de abril.
Treze aspirantes ao Palácio do Eliseu podem concorrer na eleição prévia de Os Republicanos, o novo partido gaullista de centro-direita, prevista para 20 e 27 de novembro. A lista oficial será anunciada em 21 de setembro.
Os favoritos são o ex-presidente Nicolas Sarkozy, derrotado por Hollande em 2012, os ex-primeiros-ministros Alain Juppé e François Fillon, e o deputado Bruno Le Maire. No momento, o partido lidera das pesquisas de opinião.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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