Com a cobertura aérea dos Estados Unidos e aliados, o Exército do Iraque e milícias aliadas lançaram ontem uma operação para reconquistar a cidade de Faluja, último bastião da milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante na província de Ambar, em poder dos jihadistas desde janeiro de 2014.
O ataque será em três frentes: noroeste, sudoeste e sudeste, revelou Karim al-Nuri, porta-voz da operação, em entrevista telefônica ao jornal digital Al Monitor: "A resistência não tem forte como esperávamos. Até agora, eles recorreram a atentados suicidas, carros-bomba e franco-atiradores.""
Faluja foi cenário de duas batalhas épicas em 2004 durante a ocupação do Iraque pelos EUA. Depois da morte de quatro funcionários americanos terceirizados de uma empresa de segurança, em 31 de março daquele ano, quando eles foram arrastados pelas ruas, os EUA atacaram a cidade e mataram cerca de 600 iraquianos.
Na Segunda Batalha de Faluja, em novembro e dezembro de 2004, 95 soldados americanos, 11 iraquianos e três britânicos foram mortos, além de mais de 1.350 rebeldes e cerca de 800 civis iraquianos.
O inimigo, na época, era a rede terrorista Al Caeda no Iraque, que se transformou no Estado Islâmico do Iraque e, com a guerra civil na vizinha Síria, no Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Ao mesmo tempo, na Síria, guerrilheiros curdos iniciaram uma ofensiva contra Rakka, a capital do Estado Islâmico, que ontem apelou para o terrorismo, matando mais de 140 pessoas em duas cidades costeiras dominadas pela ditadura de Bachar Assad onde praticamente não houvera conflitos desde o começa da guerra civil, em março de 2011.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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