Em vídeo de 22 minutos divulgado há pouco na Internet, a milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante bateu um novo recorde no festival de atrocidades que comete nas regiões sob controle do seu "califado". O piloto jordaniano Muath al-Kasseasbeh foi queimado vivo dentro de uma jaula.
O piloto foi captura em 24 de dezembro de 2014 na Síria depois que seu avião caiu ou foi abatido na Síria quando participava da guerra aérea liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico. Na semana passada, o grupo jihadista exigiu a libertação da terrorista iraquiana Sajida al-Richawi, condenada à morte na Jordânia, e degolou o jornalista japonês Kenji Goto.
A execução do piloto deve aumentar a pressão popular sobre o governo jordaniano para não lutar ao lado dos EUA contra o EI. É uma guerra que muita gente no Oriente Médio não acredita ser sua guerra, embora a maioria dos mortos nos conflitos seja muçulmana e o Estado Islâmico uma ameaça direta a seus governos.
O rei Abdala II, da Jordânia, cancelou a viagem que fazia aos Estados Unidos, está voltando ao país e deve se pronunciar em breve. Um militar jordaniano declarou que o piloto foi morto em 3 de janeiro e sua morte só teria sido anunciada hoje. Na semana passada, o governo de Amã exigiu provas de que o Kasseasbeh estava vivo e não conseguiu.
Como em nota oficial o governo jordaniano jurou vingança, a expectativa é que a terrorista iraquiana Sajida al-Richawi seja executada nas próximas horas. Na semana passada, o Estado Islâmico exigiu sua libertação para não matar o piloto. A Jordânia exigiu uma prova de que ele estava vivo. Não obteve. Talvez ele já estivesse morto.
Richawi foi condenada à morte por um atentado terrorista suicida cometido contra um hotel de luxo da capital jordaniana em 2005 em que 38 pessoas foram mortas. Suas bombas não explodiram. O ataque foi realizado pela rede terrorista Al Caeda no Iraque, que depois se transformaria no Estado Islâmico do Iraque e no Estado Islâmico do Iraque e do Levante na guerra civil da Síria. Recentemente, passou a se chamar apenas de Estado Islâmico para reivindicar a soberania sobre todo o planeta.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário