quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Venezuela prende líder da oposição após três mortes

A pedido da Procuradoria-Geral da Venezuela, um juiz de Caracas decretou ontem a prisão do líder oposicionista Leopoldo López como suspeito de incitar à violência em manifestações de rua realizadas ontem que terminaram com três mortes. Na capital e em várias cidades do interior, houve protestos pedindo a renúncia do presidente Nicolás Madura em meio a uma crise de desabastecimento, com inflação de 56% ao ano.

Mais cedo, um porta-voz do partido Vontade Popular disse que López não havia sido notificado e estava examinando a situação com seus advogados.

Pelo menos outras 23 pessoas saíram feridas e 25 foram presas nas manifestações contra e a favor do governo. Maduro repudiou a violência e acusou grupos "nazifascistas" de articular um golpe para derrubá-lo.

O presidente venezuelano também proibiu manifestações de protesto, levando os líderes oposicionistas López, María Corina Machado e o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, a denunciar uma violação da Constituição e dos direitos políticos, informa o jornal Latin American Herald.

A situação econômica da Venezuela, falida pelas políticas do "socialismo do século 21" do falecido presidente Hugo Chávez, se agrava a cada dia sem que o governo mostre condições de reverter o quadro.

Hoje, a companhia japonesa Toyota, maior fabricante de automóveis do mundo, anunciou a redução de sua produção por não conseguir importar autopeças no ritmo necessário para manter sua fábrica operando normalmente. O dólar no câmbio negro vale 13 vezes mais do que a cotação oficial, e as empresas não conseguem a moeda americana para pagar pelas importações.

Nenhum comentário: