Depois de uma noite de negociações mediadas pela União Europeia e a Rússia, o presidente Viktor Yanukovitch e três líderes da oposição assinaram um acordo para acabar com a violência política que causou mais de cem mortes nos últimos dias na Ucrânia, noticiou há pouco o jornal The Washington Post. O Ministério da Saúde confirma 77 mortes. Outras 577 pessoas saíram feridas.
O acordo prevê a restauração imediata da Constituição de 2004, que dá ao Parlamento e não ao presidente o direito de indicar o primeiro-ministro e reduz os poderes do chefe de Estado. Um governo de união nacional deve ser formado em dez dias. Em setembro, haverá um referendo sobre uma nova Constituição. As próximas eleições parlamentares e presidencial estão previstas para dezembro.
Como a principal exigência dos manifestantes que há três meses ocupam a Praça da Independência, em Kiev, é a renúncia do presidente, sua total adesão ainda é uma incógnita. O período de nove meses até as eleições também é considerado muito longo, dando a Yanukovitch mais uma chance de manipular a situação.
O presidente tem o apoio da Rússia, que rejeitou o acordo e não assinou-o.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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