A presidente Dilma Rousseff declarou que "a Venezuela não é a Ucrânia", sem esclarecer exatamente onde vê diferenças, e elogiou os programas sociais do chavismo. Enquanto a oposição ucraniana teve o apoio da Europa e dos Estados Unidos, o grito da oposição venezuelana não encontra eco nos governos da América do Sul. As exceções foram os presidentes Juan Manuel Santos, da Colômbia, e Sebastián Piñera, do Chile.
Mercosul, Celac (Comunidade da América Latina e do Caribe) chegaram a considerar crimes atos da oposição em notas insossas que ignoram o compromisso com a democracia e os direitos humanos, a censura repetida a contumaz aos meios de comunicação e outros abusos de poder tolerados em nome do princípio de não intervenção nos assuntos internos de outros países, citado por Dilma.
"Por aqui, cada um só pensa em si mesmo. Assim, não me é estranho o silêncio sobre a Venezuela", comentou o advogado José Miguel Vivanco, diretor para as Américas da organização não governamental Human Rights Watch (Observatório dos Direitos Humanos). "Há algum tempo, o que manda na região é a realpolitik, um pragmatismo total".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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