Por decisão do Parlamento da Ucrânia, a ex-primeira-ministro Yulia Timochenko foi libertada hoje depois de ficar presa durante dois anos e meio.
A Joana d'Arc da Revolução Laranja, em 2004-5, foi eleita primeira-ministra em 2005, mas caiu por causa da divisão dos revolucionários. Ela voltou ao cargo de 2007 e 2010, quando disputou a eleição presidencial com seu inimigo Viktor Yanukovitch e perdeu por pequena margem no segundo turno.
Yanukovitch conseguiu condená-la em 2011 a sete anos de prisão por corrupção e abuso de poder, uma acusação que pode ser feita a qualquer líder político ucraniano, num processo considerado viciado politicamente pela União Europeia. Ontem, o Parlamento anulou os artigos que serviram de base para a condenação.
Ao sair da cadeia depois de dois anos e meio, a Dama de Ferro ucraniana declarou num comício que "os heróis nunca morrem", "a ditadura acabou" e "a Ucrânia se livrou de um câncer". Ela agradeceu à massa concentrada na Praça da Independência, no centro de Kiev, como seus "libertadores".
Em telefonema ao secretário de Estado americano, John Kerry, o ministro do Exterior russo, Serguei Lavrov, protestou contra a violência das ações dos manifestantes antigovernamentais. Na visão do presidente Vladimir Putin a Revolução Laranja e a atual são conspirações do Ocidente para enfraquecer a Rússia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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