O Irã, as cinco grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha retomaram hoje em Viena, na Áustria, as negociações para desarmar o programa nuclear iraniano, sem grande expectativa de sucesso.
Há pouco otimismo. Ontem, o Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica do Irã, aiatolá Ali Khamenei, declarou que "as negociações nucleares não irão a lugar nenhum", desautorizando os esforços do presidente Hassan Rouhani e do ministro do Exterior, Javad Zarif, mas manteve o compromisso de negociar, dizendo que "o Irã não vai romper aquilo que começou".
Nos próximos três dias, as partes vão discutir o formato das negociações para chegar a um acordo definitivo, depois de um acerto inicial de seis meses para desacelerar o programa nuclear do Irã e abrir espaço para o diálogo.
Os Estados Unidos admitem que "será um processo difícil, complicado e longo", admitiu um negociador não identificado. O governo Barack Obama acredita que a chance de sucesso é de 50%, enquanto o primeiro-ministro linha-dura de Israel, Benjamin Netanyahu, insiste em que o Irã está apenas ganhando tempo para fabricar a bomba atômica.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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