Por unanimidade, 328-0, o Parlamento da Ucrânia aprovou hoje o impeachment do presidente Viktor Yanukovitch, responsabilizando pela violência política e as mortes dos últimos dias em confrontos entre manifestantes e a polícia. A próxima eleição presidencial foi antecipada para 25 de maio de 2014.
Apesar do banho de sangue dos últimos dias nas ruas de Kiev, Yanukovitch negou que pretenda renunciar e chamou as decisões da Rada de "golpe".
Além do impeachment, a Rada alterou a Constituição, nomeou um novo primeiro-ministro, aprovou medidas para libertar a ex-primeira-ministra Yulia Timochenko, inimiga política de Yanukovitch condenada em 2011 a sete anos de prisão por corrupção e abuso de poder.
Em entrevista à televisão, na linha do noticiário da TV estatal russa sobre o conflito, o presidente comparou os acontecimentos recentes à invasão da Ucrânia pela Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.
Depois de discutir o assunto com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, e o ministro do Exterior da Rússia, Serguei Lavrov, o chanceler da Polônia, Radoslaw Sikorski, afirmou que o novo primeiro-ministro foi eleito legalmente e que não houve nenhum golpe.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário