sábado, 22 de fevereiro de 2014

Yanukovitch rejeita impeachment e fala em golpe

Por unanimidade, 328-0, o Parlamento da Ucrânia aprovou hoje o impeachment do presidente Viktor Yanukovitch, responsabilizando pela violência política e as mortes dos últimos dias em confrontos entre manifestantes e a polícia. A próxima eleição presidencial foi antecipada para 25 de maio de 2014.

Apesar do banho de sangue dos últimos dias nas ruas de Kiev, Yanukovitch negou que pretenda renunciar e chamou as decisões da Rada de "golpe".

Além do impeachment, a Rada alterou a Constituição, nomeou um novo primeiro-ministro, aprovou medidas para libertar a ex-primeira-ministra Yulia Timochenko, inimiga política de Yanukovitch condenada em 2011 a sete anos de prisão por corrupção e abuso de poder.

Em entrevista à televisão, na linha do noticiário da TV estatal russa sobre o conflito, o presidente comparou os acontecimentos recentes à invasão da Ucrânia pela Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

Depois de discutir o assunto com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, e o ministro do Exterior da Rússia, Serguei Lavrov, o chanceler da Polônia, Radoslaw Sikorski, afirmou que o novo primeiro-ministro foi eleito legalmente e que não houve nenhum golpe.

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