A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) e 22 organizações não governamentais de defesa dos direitos humanos divulgaram notas defendendo o direito de livre reunião e manifestação. Elas denunciaram que ao reprimir os protestos contra o regime chavista policiais e militares violaram os direitos humanos, que a população tem sido vítima de grupos armados paramilitares e que são necessárias investigações independentes sobre todos esses crimes.
"Rechaçamos profundamente o uso da força exercido em algumas manifestações pelos organismos de segurança do Estado, que excederam os limites e produziram consequências irreparáveis. Comprovamos também a situação indefesa da cidadania diante de grupos armados não militares nem policiais que arremeteram contra a população", diz o comunicado da CEV.
Pelo menos 13 pessoas morreram nas manifestações de rua realizadas desde 12 de fevereiro de 2014 em Caracas e outras cidades da Venezuela.
O clero venezuelano adverte que é necessário processar e punir os responsáveis: "A Procuradoria deve investigar esses casos e entregar à Justiça os membros dessas organizações que tenham abusado de sua autoridade. É preciso chegar à verdade. Foi proposta a criação de uma comissão da verdade. Não é para favorecer um setor em detrimento de outro. É para que a Venezuela descubra quem delinquiu e imponha sua pena, seja quem seja. Daí a necessidade de pluralismo na comissão."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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