A morte da ex-miss, atriz e modelo Monica Spear e seu namorado num assalto na beira da estrada revelou outro problema social que marca o chavismo: a criminalidade e a violência. Em 2013, houve 24.763 mortes violentas na Venezuela.
São 79 mortes para cada 100 mil habitantes, um dos maiores índices de homicídios do mundo. Cerca de 12% das mortes na Venezuela são violentas, uma em cada oito. Desde a primeira eleição de Hugo Chávez, o índice subiu 444%.
Em resposta, Maduro criou uma Grande Missão para a Pacificação, culpou o capitalismo e filmes como O Homem-Aranha por incutir "valores errados" na mente dos jovens. Mas o fracasso é do Estado. Cerca de 95% dos casos ficam impunes. O orçamento para segurança pública é 1% do total.
Neste ambiente de violência e impunidade, surgiram os "coletivos bolivaristas", a ala mais radical do regime, nascida para implantar os programas sociais nos bairros carentes. Esses grupos e as milícias, entre as quais Alex Vive, La Piedrita, Montaraz e Los Tupamaros, atuam sob a conivência e proteção do Exército. Não se conhece seu poder de fogo real.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário